A Ferrovia Nene Valley e a Locomotiva 3822

Foi aqui que, entre 12 e 13 de Junho de 1989, a Banda, juntamente com a dupla de diretores Do.Ro (Rudi Dolezal e Hannes Rossacher), fez o vídeo promocional que acompanha a música Breakthru, utilizando a locomotiva à vapor n° 3822.

A locomotiva foi construída em Swindon / Inglaterra em 1940 e em Janeiro de 1964 foi enviada para Woodham Brothers para sucata [você pode ver abaixo]. Permaneceu lá até 1976.

Vários membros do Great Western Society levantaram fundos para comprar a 3822 e realizar o trabalho de restauração. A 3822 funcionou novamente por conta própria em 1985.

Uma vez restaurada, foi usada principalmente em Didcot, na Nene Valley Railway.

Modelo da 3822 em Lego

 

Durante a estada da 3822 em Nene Valley foi usada para o vídeo do Queen em 1989, quando você deve ter visto ela estourar através de uma parede de tijolos, enquanto rebocava Freddie Mercury e Queen, em Breakthru.

 

A 3822 funcionou até 2010, quando foi retirada de serviço e colocada em exibição estática no Centro Ferroviário de Didcot.

 

Hoje ela é descrita como o maior item individual das recordações da Rainha (memorabilia).

Fonte –

Queen Locations

 

. Você sabia?

Como a discoteca Toco, em São Paulo, ajudou a trazer o Queen para o Brasil em 1981.

Esta ousadia partiu da Toco Produções Artísticas, que bancou a produção estimada em dois milhões de dólares, um valor que, proporcionalmente para a época, era ainda mais alto que na realidade atual.

Com apoio total da mídia – TV e Rádio Bandeirantes transmitiram o show, uma multidão lotou o Morumbi na sexta-feira, 20 de Março de 1981.

 

Nunca houve um número exato (o que também era bem comum em atrações desse porte), mas estima-se que quase 200 mil pessoas lá estiveram.

No dia seguinte, nova dose, também com ingressos esgotados.

Marco Antonio Tobal, em seu depoimento, explicou como surgiu a oportunidade da equipe da Toco trazer a lendária Banda ao Brasil –

Marco Antonio Tobal,

Eu estava com o William (Crunfli) em 1978 na Avenida Paulista e nós vimos que tinha uma apresentação de raio-laser no vão do MASP.

Uma tenda gigante, passando raio-laser e fomos lá e contratamos esse produto para levar na Festa da Toco no Ginásio do Corinthians, naquele mesmo ano.

O dono desse raio-laser, Billy Bond, que era roqueiro de uma banda punk rock chamada Joelho de Porco, um belo dia chega para mim e para o William e fala –

Olha, tem um amigo meu de Beverly Hills (California, EUA) que está trazendo o Queen para a América do Sul, lá para a Argentina e não tem ninguém para fazer esse show no Brasil … 

E naquela época ninguém sabia o que era o Queen, mas na Toco já tinha uma verdadeira legião de fãs deles e todo mundo sabia que era uma loucura.

Aí a gente acabou contratando o Queen através do nosso amigo Billy Bond.

Billy Bond.

E o Queen foi aquela loucura que todo mundo sabe e serviu de base para o Roberto Medina fazer o Rock In Rio, e foi uma honra para nós ! 

 

Tobal tinha apenas 26 anos quando bancou, em 1981, a vinda do Queen à São Paulo, em uma época em que raríssimas estrelas internacionais se arriscavam a pôr os pés por aqui.

 

▪️Quem era a Toco Produções Artísticas

A Toco foi responsável pela popularização de ritmos e Bandas famosas, sendo também responsável por organizar no Brasil, além do Queen, shows como Information Society, A-Ha, KC and the Sunshine Band, Technotronic e muitas outras.

Esses shows foram organizados por eles, mas realizados em outros espaços maiores, como estádios de futebol.

 

▪️O início da Toco

Nos anos 70, na zona leste de São Paulo, Brasil, um grupo de quatro adolescentes apaixonados por música transformou bailinhos na maior casa noturna da cidade, a Toco Discoteca, que faria do bairro Vila Matilde o destino de jovens paulistanos em busca de diversão.

Os amigos William Crunfli, Marco Antonio Tobal, apoiados por Romualdo Hatt e Luiz Mattos, decidiram organizar festas nas casas da vizinhança, juntar dinheiro e bancar a diversão.

William Crunfli

 

Era 1971, e no bairro de São Paulo – Brasil – Vila Matilde, viviam muitas famílias de imigrantes, sobretudo espanhóis, italianos e portugueses.

O ponto de encontro era a Praça da Conquista.

O bairro era muito simples. Tinha uma padaria, um mercado, um dentista e uma escola. Ainda haviam chácaras e sítios, diz Crunfli, 62 anos, hoje presidente da produtora de shows Move Concert.

Um ano depois do início da empreitada, os adolescentes batizaram o grupo de Equipe Toco – em homenagem ao sobrinho pequeno de Tobal, Alexandre, apelidado de Pitoco, mas que só conseguia pronunciar Toco.

Por alguns anos, os amigos se dedicaram a organizar bailes em garagens e quintais. Com mais público e dinheiro, passaram a ocupar uma fábrica nos fins de semana.

Depois, a Toco adotou o salão de festas da Sociedade Amigos da Vila Matilde, trocando-o mais tarde pelo ginásio de esportes do local.

 

▪️O crescimento da Toco

Em 1979, conta Crunfli, veio a decisão de profissionalizar o negócio, e a Toco passou a ocupar o prédio onde antes funcionava o Cine São João, na Praça da Conquista.

O lugar recebia até 4.000 pessoas por noite nos fins de semana. A casa da zona leste se destacava pela estrutura de som e iluminação, com equipamentos importados, e pelas músicas.

Orgulhoso, Crunfli diz que foi o primeiro DJ a tocar Pink Floyd numa pista de dança.

Não demorou para as baladas atraírem jovens de outras regiões de São Paulo. Quem não conseguia entrar por causa da lotação ficava na Praça da Conquista, até hoje conhecida como Praça da Toco.

 É um patrimônio da Vila Matilde. Na época da Toco, era dominó de dia e festa à noite, diz Crunfli.

A Toco deu tão certo que, em 1981, entrou no segmento de organização de shows. Os britânicos do Queen, que se apresentaram no estádio do Morumbi, foram os primeiros da empreitada.

 

Da esquerda para a direita: John Deacon, William Crunfli, da Toco; Freddie Mercury; outro fundador da casa, Marco Antônio Tobal, Brian May; e Roger Taylor, em 1981

 

Depois, vieram nomes como Faith No More, Ramones e Shakira.

Para manter a Toco atualizada, haviam reformas a cada dois ou três anos.

Para promover as noites, os sócios contratavam Bandas, como Blitz e Mamonas Assassinas, e atores, que iam aos camarotes.

 

▪️O fim da Toco Discoteca

A decisão de fechar as portas veio em 1997.

As discotecas não eram mais tão grandes, recebiam no máximo 700, ou mil pessoas. A concorrência aumentou, e as pessoas já não cruzavam mais a cidade para ir à balada na Vila Matilde, diz Crunfli.

Em Dezembro de 2016, a casa onde funcionou a Toco foi demolida para a construção de um supermercado.

 

▪️Homenagens

Desde que fechou as portas em 1997, a Toco é sempre lembrada no cenário dance da cidade, e de lá pra cá aconteceram diversas festas em homenagem à antiga danceteria.

 

▪️Fontes –

Folha UOL
Musicjournal
VejaSp Abril

 

Queen Rock Montreal chega ao Disney +

‘Queen Rock Montreal’ estará disponível para transmissão na Disney + a partir de 15 de maio.

Será possível assistir à performance do Queen em 1981  com visuais remasterizados digitalmente e áudio DTS:X.

A parceria da IMAX e da DTS com a Disney+ dá vida ao show épico do Queen, estabelecendo um novo padrão para streaming de shows.

Encomende aqui ‘Queen Rock Montreal’ em vinil, CD, Blu-ray e 4K.

Lançamento em 10 de maio.

 

 

Fonte: www.queenonline.com

A logo do Smile !

 

– Todos conhecemos a história da logo do Queen – quem a fez e o que representa …

Mas como surgiu a logo do Smile ?

 

1968–1970

– Bem, sabemos que Smile foi uma Banda de rock inglesa, formada por Brian May (guitarrista), Tim Staffell (vocalista e baixista) e Roger Taylor (baterista) em 1968.

– Após a saída de Staffell em 1970, o Smile foi efetivamente dissolvido.

– Brian e Roger mais tarde formariam uma nova Banda chamada Queen, junto com Freddie Mercury e John Deacon.

 

– Tim Staffell, que estudou junto com Freddie no Ealing Art College, usando suas habilidades de design, criou o distintivo logotipo de boca sorridente para a Banda, completado com dentes brancos perolados e lábios vermelhos carmesim … que tem uma estranha semelhança com a marca registrada da Banda Dr. Feelgood.

 

                     

 

Nota –

Dr. Feelgood é uma Banda britânica de pub rock formada em 1971.

 

Curiosidades!

Quando o Smile enviou uma fita demo (conteúdo há muito esquecido) para o novo selo Apple dos Beatles, o único feedback que receberam foi que Paul McCartney gostou de seu logotipo.

Rumores na Internet também sugerem que a boca risonha com dentes perolados era uma referência à Roger Taylor e seus estudos na época – Odontologia.

 

 

Fontes –

Queenpedia

Logos Fandom

 

Jean-Michel Jarre anunciou o Concerto  Bridge from the Future (Ponte do Futuro) que será realizado na abertura do Festival Starmus – Bratislava em 12 de maio de 2024 e que contará  com a participação especial de Sir Brian May

Jean-Michel Jarre anuncia um concerto ao vivo excepcional, Bridge from the Future, o evento de abertura do Festival STARMUS deste ano.

Em associação com a ESET, líder global em segurança digital, o pioneiro da música eletrônica se apresentará ao vivo em Incheba Bratislava, na Eslováquia, no dia 12 de maio – tendo como cenário deslumbrante a ponte Most SNP (UFO).

Ele será acompanhado no palco pelo convidado especial Sir Brian May. O concerto realiza-se em cooperação com a cidade de Bratislava e a participação é gratuita.

Será transmitido pela RTVS Nacional da Eslováquia, bem como globalmente através da rede EBU e transmitido ao vivo no canal de Jean-Michel Jarre no YouTube (Jean Michel Jarre – YouTube)

Bridge from the Future, especialmente concebido e projetado para esta ocasião por Jarre, inaugurará a sétima edição do Festival STARMUS, o encontro mais proeminente do mundo que une ciência, arte e música.

Este ano, com o tema STARMUS Earth: o futuro do nosso planeta natal, desenvolvido pela ESET Digital Security, o festival reúne ganhadores do Nobel, cientistas e pesquisadores ilustres, astronautas, intelectuais e artistas para trocar conhecimentos e insights enquanto exploramos questões existenciais profundas e urgentes.

Foi fundada pelo astrofísico Garik Israelian, PhD, e pelo guitarrista do Queen e PhD em astrofísica Sir Brian May, sob os auspícios do falecido Stephen Hawking.

A ciência, muitas vezes referida como a ponte para o amanhã, contém a promessa de avanços transformadores – se abraçarmos as suas descobertas e previsões sem hesitação.

A STARMUS pretende inspirar a próxima geração de exploradores e regenerar o espírito de descoberta, envolvendo a humanidade nas maiores questões do nosso tempo. À medida que o mundo enfrenta desafios que ameaçam estreitar a nossa visão, o concerto de abertura do STARMUS, Bridge from the Future, convida-nos a expandir os nossos horizontes e a abraçar um futuro movido pela curiosidade, criatividade e colaboração. São valores partilhados pela ESET que, ao acolher o concerto e o Festival STARMUS na sua cidade natal, Bratislava, demonstram a sua dedicação e ambição em promover o poder da ciência, da cultura e da educação entre o público local e global.

Com Bridge from the Future, Jean-Michel Jarre está na vanguarda deste movimento não apenas como um músico icónico e futurista, mas como Embaixador das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura na UNESCO há mais de três décadas.

Acompanhado por Sir Brian May, que não é apenas um membro fundador do Queen, um guitarrista, compositor, produtor e intérprete de renome mundial, mas também um brilhante Doutor em Astrofísica. Ele se junta a Jarre no palco não apenas como músico lendário, mas também como sócio fundador da STARMUS.

Atuando em Bratislava, Jarre ocupa o centro das atenções no coração da Europa, o continente que tem sido o ponto focal de tantos movimentos revolucionários nas artes, cultura e tecnologia ao longo da história.

Inspirando-se nos pensadores visionários da era da Renascença e abrangendo os séculos, o Bridge from the Future e o STARMUS Earth Festival anunciam o alvorecer de um renascimento moderno, com as mentes mais brilhantes do nosso planeta apelando à próxima geração de pensadores e exploradores para contribuir para a regeneração. o espírito de descoberta e envolver a humanidade nas maiores questões do nosso tempo.

 

À medida que continuamos a aprender com o passado, devemos hoje ouvir o futuro, sendo receptivos e atentos aos sinais que chegam. Avanços, descobertas e soluções, em todos os campos, já existem à frente, no futuro, esperando por nós. encontrá-los. É a nossa vocação como artistas, cientistas, empresários e cidadãos, envolver e ativar o progresso, na criação de uma ponte a partir do futuro: este é o espírito da STARMUS. Jean-Michel Jarre

 

Esta edição de 2024 do Festival STARMUS defende o tema O Futuro do nosso Planeta Natal, acentuando o papel vital que a ciência e a arte desempenham na garantia de um futuro sustentável para a Terra. Enquanto a ciência ilumina as verdades do nosso universo, a arte e a música nos inspiram a buscar novas revelações.

O evento de cinco dias (13 a 17 de maio) inclui palestras e discussões sobre temas como Meio Ambiente, IA e Segurança Cibernética e Espaço; bem como a apresentação anual da Medalha Stephen Hawking de Comunicação Científica, da qual Jean-Michel Jarre foi premiado em 2017. Este ano, Jean-Michel foi anunciado como o mais recente membro do Conselho Consultivo da STARMUS.

 

Sir Brian May disse:

Estamos emocionados que STARMUS VII começará com um show tão único e espetacular. E neste concerto, Jean-Michel Jarre dará o tom ao espírito desta conferência, especificamente destinada a abordar os problemas atuais do nosso planeta.

 

Richard Marko, CEO da ESET disse:

Não poderíamos estar mais entusiasmados em anunciar que Jean-Michel Jarre está pronto para iniciar o Festival STARMUS com sua performance cativante. O local com a Ponte Most SNP como pano de fundo serve como uma ponte metafórica entre o passado e o futuro. Ele encapsula o contraste de épocas. De um lado fica o centro histórico de Bratislava e, do outro, o monumento retro-futurista do OVNI. Um contraste semelhante é visto na história da ESET. No início, poucas empresas e indivíduos utilizavam o antivírus que desenvolvemos há 30 anos. Agora, isso está em impressionante justaposição com a tecnologia multicamadas alimentada por IA, combinada com a experiência humana, usada por centenas de milhões de pessoas em todo o mundo para a sua proteção. Em ambos os casos, tal progresso só foi possível graças à ciência.

 

Garik Israelian disse:

Já se passaram 16 anos desde que Brian e eu conhecemos Jean-Michel em Londres e lhe propusemos uma colaboração. Sabíamos que o concerto de Jean-Michel envolve uma produção ambiciosa e nunca tivemos oportunidade para isso. Parece-me que estávamos à espera que a Terra Starmus fizesse isso acontecer. Esta é a primeira vez que a STARMUS coloca os holofotes no nosso planeta e queremos que o público em geral seja mais receptivo do que nunca às grandes questões do nosso tempo, do nosso planeta. Não há dúvida de que iniciar esta edição especial com uma atuação tão espetacular como “Ponte do Futuro” atingirá esse objetivo. Jean-Michel Jarre sempre nos trouxe música do futuro para nos fazer vibrar com o presente, e esse é o espírito do STARMUS.

 

O Bridge from the Future Live Concert acontece em Incheba, Bratislava, no dia 12 de maio.

O STARMUS Earth Festival acontece de 13 a 17 de maio em locais por toda a cidade.

Os ingressos estão disponíveis em www.ticketportal.sk

Quem é Jean-Michel Jarre:

Jean-Michel André Jarre é Embaixador(a) da boa vontade da UNESCO (Lyon, 24 de agosto de 1948) é um instrumentista, compositor e produtor musical francês, filho do aclamado compositor de trilhas sonoras Maurice Jarre.

É um pioneiro da new age, música eletrônica e música ambiente. É conhecido como um organizador de espetáculos ao ar livre de sua música, que combina luzes, displays de laser e fogos de artifício.

Filho de Maurice Jarre, um famoso compositor multipremiado que compôs temas para películas icónicas como Lawrence da Arábia (1962) ou Doutor Zivago (1965).

No final dos anos 60 Jarre começou a experimentar visuais analógicos com sistemas de retroprojeção em larga escala com mistura de imagens e fluidos. Uma mente muito criativa, à frente de seu tempo, ele sempre imaginou música e imagem como uma boa combinação.

 

Fonte: www.queenonline.com e wikipedia

Se isso não for um sucesso, querido, processe a Warner Bros!    Freddie Mercury

Já está disponível a Edição Especial de Vinil do LP Man From Manhattan de Eddie Howell.

Freddie e Brian participaram e tocaram na faixa-título de 1976.

Freddie produziu, tocou piano e cantou os vocais com Brian contribuindo na guitarra.

Outras faixas do box set contam com participações especiais de Gary Moore, Phil Collins e Brand X.

Este box muito especial também contém fotos, uma história sobre as sessões, um pôster e uma palheta.

O LP está disponível em todos os principais varejistas e lojas do mundo, com os primeiros 5.000 exemplares prensados em vinil branco de 180g.

Para obter detalhes completos e fazer pedidos, acesse https://themanfrommanhattan.com

 

Como parte da promoção de seu box de vinil Man From Manhattan, Eddie Howell gentilmente se ofereceu para leiloar uma pintura dele e de Freddie Mercury da artista boliviana Andrea Terceros Barron em ajuda ao MPT (Mercury Phoenix Trust)

 

Dê um lance agora em https://themanfrommanhattan.com/auction/

 

Escute as música aqui:

 

Fonte: www.queenonline.com

A boa música não tem fronteiras ou limitações

 

Queen foi a primeira Banda de Rock britânica à lançar disco no Irã, com aprovação oficial do governo, em 24 de Agosto de 2004, sem que a  Polícia da Moral aplicasse seus conhecidos métodos repressivos.

 

Foi uma surpresa

Depois de 25 anos criminalizando e banindo a música ocidental, perseguindo e punindo quem a escutava, algumas dessas canções consideradas ‘ depravadas ‘ receberam o selo oficial de aprovação da República Islâmica do Irã.

No Irã, a música ocidental, como em todos os países islâmicos, era estritamente proibida e a homossexualidade considerada um crime. E como todos sabemos das origens parsi de Freddie, os Álbuns piratas do Queen ainda foram importados ilegalmente por anos, o que fez do Queen uma das Bandas mais populares do Irã, até serem aprovados pelo governo da época.

Este foi apenas um pequeno gesto num país onde, como se sabe, as mulheres ainda estão sujeitas à leis abusivas e discriminatórias.

O Álbum, em fita cassete, contém sucessos como Bohemian Rhapsody, The Miracle e I Want To Break Free, mas há informações de que foram excluídas várias canções românticas do Queen.

O Álbum que custava menos de US$ 1, vinha com um folheto explicativo e a tradução das letras do grupo.

O folheto informava aos fãs do Queen que Bohemian Rhapsody fala sobre um jovem que matou alguém acidentalmente e, como Fausto, vendeu sua alma ao diabo. Na véspera de sua execução, ele chama Deus em árabe – Bismillah – e assim resgata sua alma.

Akbar Safari, um vendedor em uma livraria que vende discos na capital iraniana, Teerã, disse na época que o Álbum já estava tendo uma boa saída.

Outros artistas ocidentais tiveram Álbuns com coletâneas lançados oficialmente no mercado iraniano, inclusive Elton John, Julio Iglesias e Gypsy Kings.

 

Notas complementares

Houve um tempo em que os iranianos podiam curtir a música ocidental e ouvir suas Bandas favoritas.

Até 1979, quando a Revolução Islâmica impôs suas leis autoritárias e antiocidentais. Qualquer coisa lançada por Bandas ‘ estrangeiras ‘ foi criminalizada, suas músicas foram banidas, as lojas de discos desapareceram e os locais de shows ficaram em silêncio. Qualquer um pego tocando música considerada anti-islâmica podia ser multado, açoitado ou preso por ‘ cometer atos corruptos ‘, de acordo com a lei iraniana.

No entanto, muitas pessoas continuaram a ouvir discos não-islâmicos.

Nasceu um mercado pirata que distribuía cassetes e LPs secretamente. Países vizinhos, como Turquia ou Iraque, favoreceram esse comércio ilegal. Fitas originais de alta qualidade eram difíceis de encontrar e geralmente apenas cópias de cópias estavam disponíveis. Mas a qualidade era o mínimo.

Fitas, Fitas, Fitas …

O governo islâmico reforçou seu controle sobre a sociedade. Além das dificuldades de obtenção de música no exterior, seu custo subiu tanto que dobrou, triplicou e até quadruplicou o preço original. Com o tempo, um grande mercado negro se desenvolveu e, em 1986, os últimos sucessos ocidentais estavam disponíveis nas ruas iranianas, uma semana após seu lançamento.

Em algumas áreas da cidade– disse Hossini à Euronews – quando estávamos andando, um cara aleatório sussurrava ‘ fitas, fitas, fitas ‘.

A diligente Polícia da Moralidade perseguiu os distribuidores, prendeu-os ou impôs pesadas multas. Segundo o depoimento de um jovem iraniano à AFP, com apenas 17 anos foi detido e colocado numa cela junto com outros 30 homens – assassinos, narcotraficantes e estupradores, porque foi descoberto em uma lanchonete com sua namorada e algumas fitas cassete do The Doors e do Queen.

A polícia levou isso muito a sério. Fui punido e insultado. Eles disseram que era uma música maligna e que eu me tornaria um pervertido.

A Revolução do Queen

No país da Ásia Ocidental, a homossexualidade é considerada crime. Desde o início da Revolução Islâmica, estima-se que milhares de pessoas foram executadas por sua condição sexual.

Freddie Mercury (Farrokh Bulsara) tinha ascendência iraniana e sua origem zoroastriana (Religião baseada nos ensinamentos do profeta Zaratustra).

Farrokh é um nome persa popular que significa fortuna e felicidade. De acordo com sua irmã, sua fé no Zoroastrismo o inspirou a seguir seu sonho.

” Enquanto Freddie Mercury canta I Want To Break Free …

Enquanto alguns dos maiores sucessos do Queen tocavam nas rádios iranianas, as leis abusivas e brutais dos Aiatolás continuam a correr soltas.

Enquanto Bohemian Rhapsody tocava, as patrulhas da Guarda Revolucionária paravam qualquer mulher e verificavam suas roupas.

Enquanto Freddie Mercury cantava I Want To Break Free, Nika Shakarami era presa por usar o véu incorretamente. Ela estava protestando nas ruas de Teerã … e foi brutalmente assassinada. Tinha 16 anos …

 

Via: https://los40.com/…/31/los40classic/1667239992_252215.html

Fontes –

– BBC Londres

– Queen Factory

Os verdadeiros compositores por trás do Álbum The Miracle

– The Miracle foi o primeiro Álbum creditado à toda a Banda. Antes de gravar, o Queen concordou em dividir os créditos de composição entre os 4 membros.

Tomamos uma decisão que deveríamos ter tomado há 15 anos, disse Brian na época.

 

A História

– Em 1988, Freddie queria se reunir com o resto da Banda, voltar ao estúdio e começar a trabalhar juntos novamente.

– Entretanto, eles tiveram que colocar os pontos nos i’s primeiro. Eles trabalhariam aos poucos, enquanto seus outros compromissos terminavam, e pela primeira vez trabalhariam mais juntos do que nunca, já que as músicas que faziam sairiam com o crédito de todo o grupo, algo totalmente inédito até aquele momento no Queen.

 

União

– A proposta veio de Jim Beach, que os avisou que se um deles morresse, os créditos de todas aquelas canções compostas separadamente por aquela pessoa seriam perdidos, e o grupo não veria um centavo.

– Dito e feito, o grupo trabalhou nas diversas canções que comporiam The Miracle.

– Meses depois, chegaria a terrível notícia … Freddie sentou-se com os três membros do grupo e contou-lhes sobre o diagnóstico dos médicos – tinha AIDS. Portanto, o trabalho em The Miracle poderia ser o último juntos, já que os médicos não deram à Freddie mais tempo de vida do que o final de 1989.

– Freddie deixou clara sua estratégia, queria trabalhar o máximo que pudesse no estúdio, porque ele não queria definhar em casa esperando aquele dia fatídico chegar e, embora não pudesse fazer uma turnê ou fazer muitas aparições públicas, faria o possível para que tudo parecesse o mais normal possível.

– Como resultado, quando The Miracle apareceu em Maio de 1989, o grupo negou que eles estavam saindo em turnê e, apesar do choque da notícia, Freddie ignorou, dizendo que estava cansado de correr no palco….

Já não tenho mais idade para essas coisas …

 

– Quando nós, fãs, abrimos o encarte do Álbum encontramos a frase – Todas as músicas são escritas pelo Queen – muitos ficaram surpresos, pois sempre foi curioso saber qual música pertencia à qual pessoa, algo que desta vez não pode ser revelado.

– Mesmo assim, a experiência de muitos fãs, e suas próprias declarações, revelaram quase completamente a autoria de cada uma das músicas do The Miracle.

 

As Autorias

Party – Este tema ambientado nas grandes festas passadas de Freddie poderia perfeitamente ter sido escrito por ele, mas muitos afirmam que Brian é o autor. Algo que não deveria nos surpreender, porque com Fat Bottomed Girls ele admitiu que o escreveu pensando na vida ‘ louca ‘ de Freddie, o que também pode significar que Party é ambientado no mesmo tema.

 

 

Khashoggi’s Ship – Esta música é um duo com Party, à qual tem um tema lírico muito semelhante, e é dedicada ao famoso Adnan Khashoggi, um milionário traficante de armas turco. A improvisação que deu origem à tal canção de rock foi Freddie, embora os outros tenham contribuído no processo.

A música serviu de referência ao nome do personagem Khashoggi no Musical We Will Rock You.

 

The Miracle – Dá o título ao Álbum, tem ótimas letras criadas pelos quatro, embora Brian admitisse que o gênio por trás da música era Freddie. Freddie foi bem mais modesto em uma entrevista em 1989, e disse que cada um fez sua parte na composição da música.

 

I Want It All – Não é nenhum segredo adivinhar que este tema é de Brian May. É definido como uma frase que sua namorada na época (Anita Dobson) costumava dizer regularmente. No DVD Greatest Video Hits 2, cometeram o erro no encarte de nomear a autoria à Brian May ao invés de Queen, como está em todas as edições onde a música aparece.

The Invisible Man – Roger admitiu mais de uma ocasião que ele estava encarregado de escrever este tópico.

 Eu estava lendo exatamente esse livro na época, escrito por Ralph Ellison, embora, é claro, todos tenham contribuído.  ( foto do livro abaixo ).

 

Breakthru – É uma combinação de duas ideias muito diferentes, a introdução da música à cappella foi obra de Freddie (na verdade, a demo da música, chamada ‘ A New Life Is Born ‘ vazou anos atrás) e o resto é composto por Roger novamente. Freddie admitiu que tinha aquela introdução, mas não tendo mais ideias para a música, então eles simplesmente a colocaram no início de Breakthru.

 

Rain Must Fall – Nesse caso, a autoria recai sobre John, que já no passado nos deu algo semelhante em Who Needs You. Ele contou com a ajuda de Freddie, que já havia colaborado com ele em várias músicas no passado.

Scandal – Uma das músicas mais subestimadas do Queen. Brian admite que foi o autor e que foi inspirado pela pressão da mídia sobre ele, Roger e Freddie nos últimos anos.

 

My Baby Does Me – Mais uma vez, os principais autores são John e Freddie. Um tema bem atípico do Álbum, o que o torna bastante eclético. Freddie admitiu a autoria em uma entrevista de rádio em 1989.

 

Chinese Torture – Uma música sombria do Queen, escrita por Brian May, mas creditada à toda a Banda.

A música não tem letra, é somente um instrumental muito sombrio que transmite o horror e o medo que a Chinese Water Torture era conhecida por evocar nas vítimas, levando metaforicamente o sentimento desse ato para a música.

 

Hang On In There – Esta música foi iniciada por Freddie, com letras relacionadas à sua doença. O título provisório da música era A Fiddly Jam .

Lançada como lado B do single I Want It All e como faixa bônus do Álbum The Miracle, Hang On In There é uma invocação otimista que Freddie parece estar fazendo à si mesmo.

O Mercury, que já havia percebido o que o destino lhe reservava, começou a escrever canções positivas em reação – à quem mais Freddie poderia sugerir de não desistir, não perder seu charme?

 

Was It All Worth It ? – É o tema final que inicialmente foi planejado como uma despedida, já que ninguém sabia se Freddie viveria muito mais. Uma obra épica de rock que é majoritariamente da autoria de Freddie, mas com a colaboração dos restantes. A introdução e a ponte operística são inteiramente de Freddie. Faz lembrar muito Barcelona, ​​e os restantes, embora a grande maioria tenha Freddie, foram ajudados pelo resto do grupo.

– Um Álbum que entrou para a história por ser o primeiro que não teve uma turnê promocional devido à doença de Freddie, mas que é riquíssimo em seu conteúdo.

– Aliás, é o Álbum com o maior número de músicas descartadas (que se saiba) da história do Queen. Talvez seja um bom momento para ouvi-lo novamente!

 

Fonte – A Queen Of Magic

22/05/2023 por José Juan Tobal

A linha do tempo do Queen

De 1968, quando Brian e Roger formaram a Banda Smile, até 2012, com a chegada de Adam Lambert.

 

1968 –

– Brian e Roger formam um grupo chamado Smile, com o vocalista Tim Staffell. O primeiro show foi em 26/10.

 

1970 –

– Roger e Brian unem forças com Freddie Bulsara, antigo vocalista da Banda Sour Milk Sea. Após considerarem vários nomes, decidem por Queen. Freddie Bulsara mudou seu nome para Freddie Mercury.

 

1971 –

– Em 08/01, o Queen tocou no The London Marquee pela primeira vez.

– Em Março de 1971, John Deacon juntou-se ao grupo. Eles fizeram alguns shows e ensaiaram juntos durante dois anos, enquanto terminavam a faculdade.

 

1972 –

– Em 30/06, o Queen começou a gravar no Trident Studios, em Londres, o seu Álbum de estréia, que seria lançado no ano seguinte.

 

1973 –

– Trident e EMI assinaram um contrato de gravação com o Queen.

– Em Julho, foi o lançamento de ‘Queen’, o primeiro Álbum da Banda, e embarcam para sua primeira turnê.

– Em 13/09, o Queen apresentou-se no Hipódromo Golden Green, em North London, e o show foi gravado pela BBC. Foi a primeira gravação profissional de um concerto da Banda.

 

 

1974 –

– Fevereiro marcou a apresentação memorável do Queen no lendário canal britânico BBC, no show Top of The Pops, tocando Seven Seas of Rhye. A música tornou-se o primeiro grande sucesso da Banda, figurando na lista das Dez Mais.

– A Banda lança Queen II, que alcançou a quinta posição nas paradas britânicas.

– Eles realizaram uma turnê nos EUA pela primeira vez, fazendo a abertura da Banda Mott the Hoople.

  • Em Novembro, lançaram seu terceiro Álbum – Sheer Heart Attack – apresentando Killer Queen, outro grande sucesso.

 

1975

– O inovador Álbum A Night At The Opera foi lançado. A primeira canção do Álbum, com duração de 5 min e 55 segundos é Bohemian Rhapsody, que ocupou a primeira posição na Inglaterra pelo tempo recorde de nove semanas consecutivas.

– Igualmente bem-sucedido nos EUA, o Álbum subiu para as Dez Mais e ganhou rapidamente o Disco de Platina.

– Para promover Bohemian Rhapsody, o Queen e o diretor Bruce Gowers fizeram um vídeo promocional da música, que tem o crédito de ser o primeiro videoclipe conceitual deste tipo.

– Bohemian Rhapsody foi seguidamente escolhida em todas as principais listas das paradas de sucesso, e denominada como a melhor canção de todos os tempos, pela Indústria Fonográfica Britânica (BPI).

 

 

1976

– O Queen fez turnê pelos EUA, Japão e Austrália com o Álbum A Night At The Opera.

– Realizaram um concerto gratuito no Hyde Park, em Londres, que quebrou o recorde de público. Foi o show com a maior plateia até então: de 150.000 à 200.000 pessoas.

– Em Novembro, lançaram o single Somebody to Love e, em Dezembro, o quinto Álbum de estúdio – A Day At The Races.

 

1977 –

– Em Outubro, o Queen lança seu sexto Álbum – News of the World – que alcança as Dez Mais com a inesquecível canção We Are The Champions juntamente com We Will Rock You.

 

1978 –

– O Álbum Jazz foi lançado em Novembro, com Bicycle Race / Fat Bottomed Girls. Ela foi sucesso internacional, apesar da controvérsia que cercou a estratégia de sua divulgação, com uma corrida de bicicletas com mulheres nuas.

 

1980 –

– Em 30/06, o Queen lançou The Game. Ele incluía o sucesso estilo rockabilly Crazy Little Thing Called Love, que tinha sido lançado como single no ano anterior, e a canção estilo disco Another One Bites the Dust.

– The Game foi o primeiro Álbum da Banda a conquistar o número um nas paradas americanas.

– Em 08 de Dezembro é lançado o 9° Álbum da Banda – Flash Gordon – feito para a trilha sonora do filme homônimo. O lançamento da trilha sonora se deu justamente no dia do assassinato de John Lennon.

 

1981 –

– Queen e David Bowie uniram-se no sucesso internacional Under Pressure, que alcançou o número um na Europa, e fez parte do Álbum Hot Space de 1982, assim como dos Greatest Hits de 1981 e Greatest Hits III de 1999, e uma alternativa Rah Version, também, no caso de Hits III.

 

 

1984 –

– O próximo LP do Queen – The Works incluiu o single de sucesso internacional Radio Ga Ga.

– Outro sucesso estrondoso, escrito por John Deacon, foi I Want To Break Free, destacado como um dos vídeos mais conhecidos da Banda, no qual todos estão com um visual de drag queens. Um conceito visual proposto por Roger Taylor, talvez surpreendentemente.

 

1985 –

– O Queen encabeçou o primeiro festival Rock in Rio, no Brasil – um grande festival já realizado no mundo.

– A Banda se apresentou em duas noites, abrindo e encerrando o festival ( 12 e 19/01 ). A noite de encerramento atraiu um público de mais de 300.000 pessoas, o maior já registrado para um único concerto.

– Em 13/07, o Queen fez história com a sua apresentação que roubou a cena no Live Aid, o concerto beneficente que levantou fundos para aliviar a fome da população etíope.

 

1986 –

– A Kind Of Magic marcou o 14º Álbum da Banda, inspirado e desenvolvido para o filme Highlander.

– The Magic Tour. foi a última turnê com Freddie Mercury e John Deacon.

 

1989 / 1991 –

– Entre 1989 e 1991, o Queen lançou três Álbuns que foram número 1 nas paradas de sucesso do Reino Unido – ‘The Miracle – Innuendo- Greatest Hits II.

 

1990 –

– Em 18/02, o Queen recebeu o prêmio BRIT pela Notável Contribuição à Música, no Dominion Theatre, em Londres. Foi a última aparição pública de Freddie com a Banda.

 

1991 –

– O último Álbum da carreira de Freddie Mercury – Innuendo foi lançado em 09/02.

– Em Maio/1991 Freddie gravou o último videoclipe com o Queen, para a música These Are The Days of Our Lives, que faz parte do Álbum Innuendo.

– Freddie, Roger e John estavam presentes na gravação, com cenas adicionais de Brian May filmadas algumas semanas depois, e editadas posteriormente no vídeo, já que ele estava fora do país, em turnê promocional de uma rádio.

– Ao final da música, olhando direto para a câmera, Freddie sussurra – Eu ainda te amo – e estas são suas últimas palavras em frente às câmeras.

– Em 24/11, Freddie Mercury morreu serenamente em sua casa, acompanhado dos amigos. Ele morreu de broncopneumonia, em decorrência da AIDS … tinha 45 anos …

– Em Dezembro, 10 Álbuns do Queen estavam nas 100 Mais do Reino Unido.

– Também em Dezembro, como um tributo à Freddie, Bohemian Rhapsody e These Are The Days Of Our Lives foi lançado como um single duplo para levantar fundos para a Terence Higgins Trust – Instituição beneficente britânica que auxilia pessoas HIV positivas.

– Logo já ocupou o 1º lugar nas paradas do Reino Unido, e permaneceu por cinco semanas.

– O Queen tornou-se a primeira Banda à ter o mesmo single no topo das paradas britânicas por duas vezes.

 

1992 –

– Freddie foi premiado postumamente com o prêmio BRIT pela Notável Contribuição à Música Britânica.

– Em 20/04, os membros remanescentes do Queen foram acompanhados por um time de anfitriões estrelados, incluindo Elton John, Axl Rose e David Bowie para o Concerto Tributo à Freddie Mercury para a conscientização sobre a AIDS, no Estádio de Wembley, que foi transmitido mundialmente, com uma audiência de mais de um bilhão de pessoas.

– Os lucros do concerto foram usados para o lançamento da The Mercury Phoenix Trust, a organização beneficente para a AIDS fundada pelos membros remanescentes do Queen, dirigida por Jim Beach.

– Os recordes de vendas do Queen os rendeu um total de 08 Discos de Ouro e 06 Discos de Platina.

 

1997 / 2002 –

– Desde a morte de Freddie Mercury, o fenômeno do Queen continua inabalado …

– Um balé das suas músicas criado pelo coreógrafo francês Maurice Béjart estreou no Teatro Nacional, em Paris, em Janeiro/1997.

– Brian, Roger e John compareceram com Elton John para encerrarem a noite de abertura de Gala com uma versão ao vivo de The Show Must Go On.

– E esta foi a última vez em que John Deacon se apresentou ao vivo com seus companheiros do Queen, aposentando-se logo em seguida.

– Em Maio/2002, o musical de sucesso We Will Rock Yoy estreou com todos os ingressos vendidos, em West End (Londres). We Will Rock You também foi apresentado nos EUA, Austrália, Espanha, Rússia, Alemanha e Japão. E produções itinerantes continuam ao redor do mundo …

 

2005 / 2008 –

– Brian e Roger retomaram o circuito de turnês do Queen em 2005 e 2008, acompanhados pelo ex-vocalista das Bandas Free e Bad Company, compositor de canções e musicais, Paul Rodgers.

– Em Novembro/2006, o Álbum do Queen – Greatest Hits – foi considerado O Melhor Álbum em Vendas de Todos Os Tempos no Reino Unido, pela Companhia Oficial do Reino Unido das Paradas de Sucesso, em uma lista definitiva dos Cem Melhores Álbuns em Vendas que ocuparam a primeira posição, com os dados de vendas reais compilados nos últimos cinquenta anos, revelando quem realmente tinha tido a melhor venda de Álbum de todos os tempos; um fato que nunca tinha sido divulgado anteriormente.

– Os dados revelaram que o lendário Queen ultrapassou em vendas todos os outros artistas que reivindicavam o cobiçado título de Álbum Favorito do Reino Unido com a sua compilação Greatest Hits, vendendo a estarrecedora marca de 5.407.587 cópias.

– Até hoje, o Álbum permanece como o mais vendido de todos os tempos no Reino Unido e tornou-se o primeiro Álbum britânico à vender mais de 6 milhões de cópias.

– Estima-se que 1 em cada 3 famílias britânicas possuem uma cópia.

 

2012 –

– Desde 2012, o Queen tem a colaboração do cantor e compositor americano Adam Lambert, e faz grandes turnês pelo mundo.

Queen é imortal !

 

Fonte – GQ Cinema – Por Verrô Campos – 01/11/2018

Esta é a quinta parte da entrevista concedida a Mercury Roadrunner (Queen Chat) por Peter Freestone sobre Freddie Mercury.

Nesta parte, Peter sobre alguns amigos de Freddie.

 

Trevor Clarke

 P.S.: Quais são suas lembranças de Trevor Clarke?

P.F.: seu trabalho principal era ficar na porta das casas noturnas. Então ele tinha que conhecer todo mundo que estava chegando. Ele conhecia o rosto, o nome e os levava para as suas respectivas mesas. Então ele tinha que ser uma pessoa educada e feliz. Em qualquer ocasião, Trevor estava lá no Garden Lodge.

 

Rudi Patterson

Rudi Patterson era amigo de Trevor e se tornou amigo de Freddie e ele era um artista incrível e Freddie o contratou para fazer de uma a três pinturas de tamanho normal.

Ele também pintou o mural na parte de trás da parede do bar.

Ele fez todas essas cenas incríveis de selva, esse era o seu forte.

As cores eram incríveis, o uso das cores dele foi ótimo.

 

Bárbara Valentin

 P.S.: Quais são suas lembranças de Bárbara Valentin?

P.F.: ela sempre usava esse tipo de legging de ‘spandex’. Ela era muito segura de si mesma, ela era muito autoconfiante. E ela sabia que poderia ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa. Ela e Freddie se davam muito bem porque ele era o oposto dela. Ela viveu a vida dela.

 

Tony King

P.S.: Quais são suas lembranças de Tony King?

P.F.: Tony King sabia exatamente do que Freddie precisava porque o conhecia há muito tempo. Tony era uma pessoa, Freddie sabia, que havia trabalhado para quase todo mundo…

Ele trabalhou para Mick Jagger, The Beatles, John Lennon, Elton John – ele realmente trabalhou com todas as maiores pessoas do ramo musical.

Houve uma história que Freddie adorou e fez Tony contá-la para todos quando o conheceram pela primeira vez.

Tony estava trabalhando para John Lennon e teve que ir ao apartamento de John e Yoko. Ele tinha um encontro marcado com John, eles iriam ter uma reunião.

E ele entrou pela porta da frente, e havia duas ou três xícaras e pires em uma pilha e eles estavam sujos, havia até poeira neles

E então, ele pensou ‘bem, sim, vou levar isso para a cozinha, limpar um pouco’ e ele estava ocupado lavando e de repente ouviu um grito lá fora no corredor e Yoko estava correndo por aí dizendo ‘onde está minha arte? quem mudou minha arte?’

e Tony disse: ‘Acho que sou o único aqui e, de qualquer maneira, não vi nenhuma arte por aí’

E ela diz ‘o que você está fazendo? Você está lavando minha arte!

Seus arranjos de xícaras e pires usados eram sua arte……

P.S.: Como foi que Freddie e Tony se aproximaram? como eles se conheceram?

Freddie e Tony se conheceram através de Elton e se deram muito bem.

Na verdade Freddie disse isso, que se Tony tivesse trabalhado para o ‘Queen’, então eles provavelmente não teriam sido tão bons amigos, mas como não havia nenhuma conexão de trabalho entre eles, eles simplesmente se davam muito bem

 

Peter Straker

Muitos dos contatos de Freddie estavam no teatro, e isso, claro, foi através de Peter Straker.

Peter apresentou Freddie a tantas pessoas.

Em meados dos anos oitenta, Peter fez o programa de TV ‘Connie’, e foi assim que Freddie conheceu Stephanie Beacham, uma das protagonistas do show, e através de Stephanie Freddie conheceu Pam Ferris, que também estrelou ‘Connie’.

Às vezes, Freddie organizava os almoços da atriz.

E Debbie Bishop estava lá, Carol Woods estava lá…

Tinha também essa atriz maravilhosa, Anna Nicholas, ela costumava fazer muitos trabalhos teatrais em Londres e ela e o marido eram hóspedes do Garden Lodge com frequência e Freddie ia visitá-los na casa deles e eles moravam em Kent, bem longe de Londres.

Com atores e atrizes, era mais adequado para Freddie porque eles podiam vir almoçar com ele, porque eles estavam trabalhando à noite.

Ele adorava passar tempo com eles e eles tinham histórias maravilhosas.

As histórias do que acontecia no teatro. Então ele realmente gostava de ouvi-los e passar um tempo na companhia deles.

(a mobília da sala de jantar ficou pronta cerca de um ano depois que Freddie se mudou para um Garden Lodge, então os almoços da atriz se tornaram uma tradição regular em 1986).

Peter Straker
Peter Straker

 

 

Reinhold Mack

 P.F.: Quando Freddie foi para a casa da família de Mack foi realmente muito bom porque estava indo para um ambiente familiar comum, era de fato uma casa de família.

Você ouvia crianças rindo, você ouvia televisão em um cômodo, conversas em outro cômodo e toda vez que Freddie ia à casa de Reinhold, ele comprava algum brinquedo grande para levar consigo.

Freddie e John eram padrinhos do filho de Mack, John Frederick, e Freddie sempre trazia brinquedos grandes para ele.

Um dia Freddie trouxe para ele um grande urso de brinquedo, e era maior em tamanho que o próprio John Frederick, então ele ficou com um pouco de medo no começo. Freddie também trouxe um cavalo de balanço para John Frederick e ele trouxe tantas coisas diferentes para ele.

Porque Reinhold deixou Freddie saber que o mundo em Munique não consistia apenas no apartamento de Winnie e em sair com Bárbara todos os dias. Havia muito mais para Freddie em Munique.

Freddie não queria que muitas pessoas fossem a todos os lugares junto com ele.

Três ou quatro pessoas para Freddie ir a algum lugar estava bem.E mesmo com algumas pessoas junto com ele, ele às vezes sentia que isso era demais. Principalmente se ele estivesse indo para algum lugar onde conhecesse as pessoas, onde o conheciam, quando ele ia para a casa do seu amigo – ele sabia que não precisaria de nenhuma desculpa para fugir.

 

 

‘Filhas de Nova York’ (New York Daughters)

 P.S.: Quais são suas lembranças de Freddie passar um tempo junto com as ‘Filhas de Nova York’ ?

P.F.: O que mais chama a atenção é que ele fazia festa em Nova York. Haviam seis ou sete pessoas lá. Era apenas algo que Freddie queria fazer, então ele me mandou sair à tarde. Para comprar doze chapéus diferentes, apenas chapéus básicos.

E então tive que comprar penas, flores de papel e fitas.

E literalmente Freddie tinha tudo arrumado quando as pessoas chegavam e eles tinham que escolher um chapéu e coisas para colocar nele.

Depois do show do ‘Queen’ em Montreal em 1981, Freddie foi para Nova York e naquele momento ele estava hospedado no hotel Berkshire Place, que ficava na Rua 52 leste. Ele ficou na suíte presidencial por três semanas, e essa foi uma das ocasiões em que ele passou muito tempo com as ‘New York Daughters’.

 

Fonte: QueenChat

 

Veja as matérias anteriores:

Peter Freestone e o início do trabalho com o Queen

 

Peter Freestone e as memórias do DC10

 

Peter Freestone e a história da roupa de Freddie na Magic Tour

 

Peter Freestone e os Gatos no Garden Lodge

 

Você sabia que John Deacon foi um dos fundadores do Miloco Studios, em Londres?

A história

– Henry Crallan e John Deacon fundaram a Milo Music em um estúdio de música em Hoxton, no leste de Londres, em 1984.

 

– Começou como um estúdio de médio porte, mas rapidamente se tornou uma instalação respeitada, atendendo à artistas como Marc Almond, M People e The Brand New Heavies, antes de crescer em tamanho com a construção de um conjunto de pré-produção de 16 faixas.

 

O recorte de jornal diz

– Aqui, Deacon e Crallan, ex-tecladista da Banda de Kevin Ayres, falam sobre o projeto que já está funcionando e aberto para negócios.

 

Entrevistador – Este é o seu primeiro empreendimento no mundo dos estúdios comerciais ?

John Deacon – Sim, para mim é. Como um grupo, estamos envolvidos com o Mountain Studios na Suíça há alguns anos, mas ao contrário de muitas Bandas maiores do Reino Unido, onde os membros individuais têm seus próprios estúdios em casa e esse tipo de coisa, nenhum de nós realmente entrou nisso antes. Me envolvi com um estúdio profissional de 24 pistas, embora eu costumava ter um de 16 pistas em casa.

Henry e eu discutimos esse projeto pela primeira vez há cerca de dois anos.

 

Entrevistador – Como surgiu a parceria ?

Henry Crallan – Nos conhecemos há cerca de oito anos. Eu costumava trabalhar com Edwin Shirley, a empresa de caminhões, e trabalhei em várias turnês do Queen que costumavam ter uma reputação entre todas as equipes como sendo um pouco especiais, o que, retrospectivamente, acho que eram.

Por três anos gerenciei o departamento de Edwin Shirley e fiz outras turnês do Queen, incluindo México e América do Sul.

Construir um estúdio era um sonho antigo que eu tinha …

Acho que discuti isso pela primeira vez com John em um voo para o Japão, e cresceu a partir daí.

 

Entrevistador – Como o Mountain Studios se encaixa no esquema das coisas ?

JD. – Montreux é algo com o qual nos envolvemos há alguns anos, em uma época em que os impostos do Reino Unido eram bastante paralisantes. Foi um investimento de grupo que fizemos. Jim Beach basicamente administra aquele estúdio, e nós quatro não temos muito a ver com isso, embora tenhamos gravado lá, e Roger tenha feito muitos de seus projetos solo lá.

De certa forma, começamos a descobrir que estava se tornando muito difícil fazer investimentos em grupo – todos nós quatro temos idéias tão diferentes sobre o que queremos fazer. Nós realmente começamos a nos aventurar, fazendo mais coisas individualmente, enquanto antigamente todos nós costumávamos trabalhar solidamente no Queen 52 semanas por ano.

Na verdade, diminuímos a taxa de trabalho agora, o que nos dá todo o tempo para trabalhar em outros projetos.

Sempre gostei de estúdios e desse lado do negócio, fiz eletrônica na faculdade e sempre tive vontade de aprender. É por isso que eu tenho um 16-track em casa, mas era apenas um tipo de caso de quarto nos fundos.

Foi um desenvolvimento a partir disso que Henry e eu começamos este projeto realmente. Henry disse que queria construir um estúdio, e eu disse que tinha o equipamento que seria mais adequado para um estúdio do que para um quarto … Foi simples assim !

O espaço

– O estúdio mede 24′ x 14′ e é totalmente isolado com becos duros e sem saída. Há também uma cabine de isolamento de 7′ x 7′. O piano residente é um Steck Baby Grand. Vários instrumentos estão disponíveis para aluguel com desconto sujeito à disponibilidade, incluindo Linn Drum, Rhodes Wurlitzer, teclados Karg CX-3 Yamaha DX-7 Fender, guitarras Fender e Gibson.

 

 

A Sala de Controle

– Seu tamanho é de (14′ x 15′) e inclui um Studer A80 Mk IV de 24 pistas, um Studer 810 Va e Sony F1 digital, e um console Amek Angela 28:24 em linha com patch-bay estendido. O monitoramento é Sean Davies LS 841 de 3 vias, amplificadores de potência da BGW, Turner e Quad. Mini monitores são Auratones e Visonik Davids. Existe a gama usual de microfones, compressores e limitadores, reverberação e atraso, efeitos e processadores.

 

O Fim

– Em Janeiro de 2014, foi anunciado com tristeza que o primeiro estúdio de Miloco, The Square em Hoxton, fecharia após trinta anos fantásticos.

– Na semana anterior, a equipe da Miloco desmontou e removeu todos os instrumentos e equipamentos antes de sair por aquelas portas pela última vez.

– Henry Crallan, sócio de John, faleceu em sua casa em Brighton, em 22 de Março de 2015, aos 65 anos,vítima de um câncer.

 

Nota –

Embora tenha sido um grande investimento, John Deacon perdeu o interesse pelo estúdio por volta de 1990 e depois deixou sua gestão para sempre. Crallan continuou a lidar com ele até sua morte.

 

Fonte –
Musicweek
Audiomediainternational
My Fairy King: Freddie Mercury & Queen

 

A carreira do Linkin Park foi de constantes mudanças no que diz respeito ao som dos álbuns, variando de algo mais pesado até facetas mais pop, com trejeitos de hip hop e menos peso. No derradeiro “One More Light” a ideia era justamente ousar e sair da caixinha.

Na biografia do vocalista Chester Bennington, “In the End”, lançada pela Estética Torta, surgem trechos que mostram que a banda de new metal americana queria mesmo ser vista como ousada nessa época da carreira.

“Quero que as pessoas pensem que criativamente, como artistas, esses caras têm coragem. Eles vão para onde querem, não são ligados a regras sobre o que deveriam ser aos olhos dos espectadores ou de qualquer fator externo. Nós somos o Linkin Park. Eu queria que as pessoas gostassem de ouvir o disco, mas que também apreciassem de algum modo o perigo do que estamos fazendo e o quanto estamos dispostos a ousar”, disse Chester.

O livro explica que nesse período muitos rockstars para além das fronteiras do heavy metal elogiaram a postura da banda. Foi o caso de Brian May, guitarrista do Queen, que disse: “Poucas bandas correm riscos como o Linkin Park”.

Esse fato de “correr risco” foi apontado depois por Chester como ponto comum entre sua banda e o próprio Queen: “É bom ser notado desse modo por alguém que você admira, que também estava em uma banda que corria riscos e não tinha medo de fazer o que queria ou de ser o que era”.

Fonte: https://whiplash.net

 

19 de Dezembro de 1974 – Queen e ABBA no mesmo palco

 

Queen e Abba, além de outros, dividem o palco no programa da TV Granada Studios, em Manchester, Inglaterra.

 

 

 

Apresentado pelo DJ canadense David Kid Jensen e pelo DJ Emperor Rosko, o evento Christmas Rock with 45 foi filmado em 19 de Dezembro de 1974, e transmitido dia 25.

O texto no verso da 9. foto diz – Para seus arquivos. ABBA. Fotografado no programa de TV Granada, Manchester, 19 de Dezembro de 74.

 

 

Queen cantou Killer Queen e Now I’m Here, e ABBA – So Long.

 

 

Um fã do ABBA lembra que o Queen entrou logo após eles. Björn, do ABBA disse –

Um dia, estávamos em Manchester para a ITV com o grupo Queen. O desempenho deles (do Queen), usando a fita deles, foi magnífico, mas o nosso foi muito mediano.

   

 

Vídeo apresentando uma pequena entrevista e trechos de Now I’m Here.

 

     

 

ABBA no centro e o Queen à direita, com Roger ao lado de John Deacon. O cara de óculos escuros ao lado de John é o guitarrista e compositor de rock Russ Ballard.

Bem atrás de Russ, olhando por cima de sua cabeça está Brian e uma inspeção mais próxima da foto revela que o rostinho visível entre Russ e John é Freddie Mercury – você pode ver quase metade de seu rosto.

 

 

 

Fonte –  abbaontv.com

Em homenagem à Steven Tyler, vocalista do Aerosmith, que faz 76 anos hoje!

 

Queen, Aerosmith e Mott The Hoople

O Show dos sonhos em 1974

Em 01 de Maio de 1974, aconteceu um concerto que entrou para a história do Rock, juntando no mesmo palco – Queen, Aerosmith e Mott The Hopple.

O show foi chamado The Farm Show Arena e aconteceu em Harrisburg, Pennsylvania, para cerca de 8.000 jovens reunidos na grande arena.

O publico esperava – não tão pacientemente – para o começo do que prometia ser um show de Rock surpreendente com Aerosmith, Queen e Mott The Hoople.

 

O custo do ingresso para este Mega Show triplo em 01 de Maio de 1974, foi de apenas US $ 4,50 por bilhete. O traje foi jeans, bandanas e camisetas.

No palco, os técnicos davam os últimos retoques nas torres de alto-falantes, que em breve iriam levar o som das guitarras, bem como os vocais de Steven Tyler do Aerosmith, Freddie Mercury do Queen e Ian Hunter do Mott The Hoople.

Tom Hamilton, do Aerosmith lembra –

Pode ser difícil de acreditar, 50 anos depois, mas o grande nome neste Show não era o Queen ou o Aerosmith, mas sim o Mott The Hoople.

 

A fama para estas Bandas – Aerosmith e Queen – só viria no futuro, tanto que hoje estão no Hall da Fama do Rock and Roll.

Na ocasião, já provou ser um show lendário, mas foi totalmente ignorado pela imprensa na época.

 

Enquanto as duas Bandas acertavam para ver quem ira tocar primeiro, Joe Perry do Aerosmith e Brian estavam nos camarins se preparando ….

Eles não estavam interessados neste assunto, então tiveram tempo para se conhecerem melhor e compartilhar uma garrafa de Whisky Jack Daniels.

No momento em que as Bandas chegaram à um acordo, tanto Brian quanto Perry não podiam ficar em pé.

Brian recorda que quando o concerto começou e ele tocou o primeiro acorde de Father to Son, ele não podia ouvir muito além do eco, então ele teve que tocar todo o concerto de memória.

No dia seguinte, ele foi informado de que seu som parecia ter saído de uma concha. Dito isto, e por causa dessa experiência, Brian prometeu à si mesmo que nunca mais iria beber antes de tocar.

Ambas as Bandas, como se viu, foram fantásticas ao vivo.

Nota – o Queen foi o primeiro à tocar.

 

. Parabéns, Steven

 

Vídeo de Grey Coyote

 

Via blog do amigo William Nielsen

Primeiro Fan Club do Queen no Brasil.

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=http://wnilsen.blogspot.com/%3Fm%3D1&ved=2ahUKEwjP4pjz_ZGFAxUYCrkGHb1wAagQFnoECBMQAQ&usg=AOvVaw3xL24_3kNlc2inGpdRcxLs

Esta é a segunda parte da entrevista concedida a Mercury Roadrunner (Queen Chat) por Peter Freestone sobre Freddie Mercury.

Nesta parte, Peter fala sobre onde os gatos podiam ou não entrar em Garden Lodge.

“No início, os gatos podiam ir onde quisessem.

Um dia, cerca de um ano depois de Freddie ter se mudado para Garden Lodge, Freddie ia jantar e seria à noite, então Phoebe e Joe arrumariam a mesa de jantar e tudo na sala de jantar e fechariam as cortinas. 

Uma parede da sala de jantar era de vidro, mas não era como um pedaço de vidro, eram seis janelas – três que você podia levantar de baixo, janelas de guilhotina, mas cobriam toda a parede.

 E as cortinas iam do teto ao chão.  Phoebe e Joe fecharam as cortinas e Freddie gritou!

Porque essas cortinas eram de seda verde escura, mas quando fechadas, havia muita seda verde escura com arcos dourados na parte inferior, onde os gatos machos obviamente fariam xixi e por isso tiraram a tinta do material.

Havia uma parede incrível verde escura com arcos amarelos, é por isso que aquela sala  se tornou a única onde os gatos nunca mais foram autorizados a entrar.

E também, o quarto japonês – Freddie preferia que eles não estivessem lá, porque aquela era a sala que estava cheia de móveis antigos, e Freddie simplesmente não queria que os gatos ali dentro arranhassem e puxassem os fios.

No final, eram duas salas onde eles não eram permitidos – a Sala Japonesa e a sala de jantar.”

 

Fonte: Queen Chat

Agradecimentos especiais para Arnaldo Silveira

 

Perdeu as matérias anteriores? Veja aqui:

Peter Freestone e o início do trabalho com o Queen

 

Peter Freestone e as memórias do DC10

 

Peter Freestone e a história da roupa de Freddie na Magic Tour

MUNIQUE – 1979 / 1985

 

Uma lenda estranha no Musicland Studios

Se há uma cidade no mundo que mais do que qualquer outra influenciou e mudou a música do Queen, em certo sentido para sempre, é Munique.

 

Falando sobre o MusicLand Studios –

Nos anos 70 e 80, no porão do Arabellahaus ( hotel/apartamento) funcionava o Musicland Studios, o mais famoso estúdio de gravação da Alemanha, fundado pelo italiano Giorgio Moroder. Foi aqui que o Queen conheceu Reinhold Mack e revolucionou seu som e maneira de trabalhar nos anos seguintes.

 

Musicland Studios

Também foi aqui que gravaram o Álbum The Game e a maioria dos subsequentes, até A Kind Of Magic. Além disso, Freddie Mercury gravou aqui seu Álbum solo – Mr Bad Guy – de 1985, antecipado por Roger Taylor em 1984 com Strange Frontier.

Porém, em 1988 foi inaugurada a estação de metrô Arabellapark próxima que, devido às vibrações, inutilizou os estúdios decretando seu fim.

 

 

Curiosidade

Era um lugar totalmente deprimente …

Brian May disse ao ContactMusic.com que a atmosfera macabra e isolada do MusicLand Studios em Munique, na Alemanha, pode ter levado várias pessoas a tirar a própria vida (suicídios).

 

 

Embora o estúdio seja mais conhecido por ser o local de nascimento de várias das melhores músicas do rock, incluindo Another One Bites The Dust e Crazy Little Thing Called Love, Brian disse que o lugar também tinha uma história entrelaçada e muito mais sinistra.

 

Era um lugar realmente estranho … (Led) O Zeppelin fez muitas gravações lá, assim como o Deep Purple … mas era um lugar totalmente deprimente … e as pessoas costumavam cometer suicídio pulando do topo daquele prédio com bastante frequência.

 

Brian acrescentou que as raízes do fenômeno remontam à mitologia alemã –

Eles tem uma coisa em Munique chamada The Foehn (vento) e quando o Foehn sopra … as pessoas enlouquecem e cometem suicídio. É um estúdio nas profundezas deste enorme prédio alto … sem janelas e sem contato com o mundo exterior.

 

 

Fontes –

© 2021 AllAxess

Queen World Locations

 

Nota

A culpa é do vento …

The Foehn é um vento quente que sopra das montanhas durante dias à fio e leva as pessoas ao suicídio, de acordo com um estudo alemão sobre como o clima afeta as pessoas.

Conhecidos como Foehn no sul da Alemanha, Mistral na França, Chinook no noroeste americano e Noroeste na Nova Zelândia, esses ventos são famosos por causar dores de cabeça, irritabilidade e deixar as pessoas deprimidas ou loucas.

O estudo da Universidade Ludwig Maximilians (LMU) descobriu que os suicídios realmente aumentam e as internações em hospitais psiquiátricos aumentam 20% nos dias em que um Foehn sopra em Munique.

Os cientistas disseram que não tinham certeza do por que, mas as pessoas tendem à se comportarem mal, ou à se tornarem imprudentes quando o sol nasce.

Em dias quentes e ensolarados, as taxas de acidentes rodoviários aumentam 17%, assim como as taxas de acidentes domésticos e de trabalho, e os crimes de violência em Munique aumentam 75%.

 

Fonte – News24

Cassiano Carvalho e banda interpretam sucessos da banda que marcou época; também neste final de semana, ‘The Oriental Magic Show’ e ‘Rapunzel’. Confira a agenda completa

Sucesso de público e crítica, “Ópera Queen” está de volta a São José dos Campos (SP) com um show imperdível na sexta-feira (22), às 21h. No palco, Renato Reish (Roger Taylor), Danilo Breda (Brian May), Antônio Carlos Mendes (John Deacon) e Cassiano Carvalho (Freddie Mercury) interpretam sucessos da banda que marcou época.

Teatro Colinas recebe Opera Queen

(Foto: Divulgação/ Teatro Colinas)

Com figurinos, vocais e performances impecáveis, a banda é fidedigna à sonoridade original do Queen e promete clássicos que atravessam gerações.

SERVIÇO
Espetáculo: “Ópera Queen”
Quando: 22 de março – Sexta, às 21hs
Ingressos: R$ 100 (inteira) / R$ 50 (meia)
Mais informações: https://www.teatrocolinas.com.br/detalhe/opera-queen—-

Evento Cultural que acontece entre esta quarta-feira (20) e o domingo (24) e traz Queen Experience, dentre os destaques

Queen Experience Extreme “Coro e Orquestra”

  • Local: Teatro Riachuelo
  • Dia: Domingo (24/03/24)
  • Horário: 21h
  • Ingressos: A partir de R$ 90 (clique AQUI)

Para ver mais atrações Clique Aqui

Fonte: www.g1.com

As histórias de Phil Symes !

Relações Públicas do Queen que vive no Rio de Janeiro/Brasil.

RIO — O avião voava para Rosário, na Argentina, quando a tempestade começou. Enquanto a aeronave chacoalhava e fazia pequenas descidas, alguns começaram à gritar. Foi quando ouviu-se a voz de Freddie Mercury um tom acima das demais, numa estranha tentativa de colocar ordem na confusão – Gente, vamos lá, somos rockstars. Todo mundo sabe que devemos morrer em um acidente de avião. Agora, por favor, alguém pegue o champanhe !

A bebida, de fato, começou à ser servida entre os presentes.

O ano era 1981, e o Queen fazia sua primeira turnê pela América Latina. Depois das apresentações na Argentina, a Banda ainda foi para São Paulo, onde tocou no Morumbi, e tentou de todas as formas fazer um grande show no Maracanã. Sem sucesso – o grupo foi barrado em terras cariocas pelo governador Chagas Freitas, que, dizem, achava a apresentação inadequada.

Este último contratempo, no entanto, não foi suficiente para diminuir o encantamento dos rapazes pelo Brasil. Quero comprar este País e me estabelecer aqui como seu Presidente, repetia Freddie, às gargalhadas, durante a viagem. E emendava – Os brasileiros são maravilhosos. Crescem para se tornarem bonitos !

Naqueles mesmos dias, mais alguém, ao lado de Freddie, Brian, Roger e John, olhava admirado a paisagem do Rio. O Relações Públicas Phil Symes tinha começado à trabalhar com a Banda em 1976 e, naquela que seria sua primeira visita ao País, decidiu – passaria a segunda metade da vida aqui.

Não era promessa vazia. Hoje, aos 65 anos, Symes mora no Cosme Velho, Rio de Janeiro, de onde ainda gerencia todas as entrevistas e contatos da Banda britânica, além de trabalhar com vários outros nomes da música e do cinema mundo afora.

Em uma confortável casa que já chegou à servir de cenário para filmes, o Relações Públicas guarda discos de ouro e platina do Queen, além de objetos autografados, fotos e um sem-número de histórias inacreditáveis que já viveu em mais de 40 anos de carreira.

 

A do champanhe nas alturas é apenas uma delas !

 

. Curiosidades de seus clientes –

Quando Paul McCartney foi preso por porte de maconha no Japão, em 1980, Symes estava lá. Quinze anos depois, quando Hugh Grant foi detido junto com a prostituta Divine Brown, por sexo oral na rua, em Los Angeles, o Relações Públicas se viu no meio de um furacão, pois cuidava não só da carreira do ator, mas também da de sua namorada, Liz Hurley.

Foi para Symes, aliás, que Michael Jackson ligou, em 2002, pedindo uma ajudinha. Queria convencer Diana Ross à ir ao casamento de Liza Minnelli e David Gest.

Minha 1a entrevista foi com George Harrison …. Fiquei muito, muito nervoso. Mas os artistas não tinham toda essa gente em volta na época, eram bem mais acessíveis. E fui o primeiro à entrevistar Elton John também, quando ele ainda era conhecido como Reg Dwight, apenas um jovem promissor (risos).

 

. A história de Phil Symes –

A família de Phil havia fugido da Zâmbia, onde ele nasceu, para o Reino Unido, e a nova vida não era nada simples. O pai não conseguia emprego e a mãe vivia triste.

Aos 17 anos, um Phil Symes quase sem experiência começou à mandar cartas à diversas publicações especializadas fazendo uma porção de elogios à si mesmo para conseguir um emprego. Foi então aceito pela revista Disc And Music Echo, em 1968.

As coisas deram certo à partir daí.

A carreira como Relações Públicas deslanchou em meados dos anos 1970, quando Symes deixou seu trabalho e passou uma temporada em Nova York, trabalhando para Stevie Wonder e outros artistas.

Voltou para a Inglaterra e foi contratado por uma das maiores agências do país.

. Phil Symes e o Queen –

Foi então que deu de cara com o Queen, em 1976. No rol de grandes clientes ainda figuravam Bette Midler, Joan Collins, os Beach Boys… E o casal Paul e Linda McCartney.

. A decisão de vir para o Brasil –

Em 2005, quando resolveu se mudar de vez para o Rio, Symes tinha certeza que a parceria com o Queen seria encerrada. Foi então que ouviu de Jim Beach, empresário da Banda – Os artistas têm seus escritórios de Relações Públicas em várias partes do mundo. Por que o Queen não pode ter seu RP no Brasil ? Gosto da ideia ! 

Com o Queen tudo pode ser sempre diferente do restante do planeta — brinca Symes. — Eu me ajusto ao fuso horário. Jim fica na Suíça. Os integrantes da Banda, na Inglaterra. Mas para Brian May não existe horário comercial. Recebo e-mails dele de madrugada (risos).

Para Roger Taylor, a mudança não afetou em nada o trabalho.

Phil ainda é capaz de conseguir mesa em qualquer restaurante de Londres para mim !  — diz.

Phil Symes lida diariamente com algumas das pessoas mais egoístas e cruéis do mundo. E não somos nós ! — brinca, por e-mail, Brian May. — Ainda assim, mantém-se um cavalheiro, o cara com mais classe em toda essa indústria. E consegue fazer tudo à partir do Rio, onde pode cuidar dos tucanos e macacos também.

A relação de Symes com a Banda era bem-sucedida demais para ser interrompida. Ele frequentou, por exemplo, as festas mais doidas promovidas pelo Queen e por Freddie Mercury. Em uma delas, ao fim de um show em Wembley, em 1986, a graça eram garçons, garçonetes e ascensoristas todos nus.

Você entrava no elevador e via uma moça sem roupa, com um smoking “ grudado ” na pele… Era pintura corporal ! — ri Symes.

Um ano antes, quando Freddie completou 39 anos, um baile foi armado em Munique. Homens foram vestidos de mulheres, mulheres foram vestidas de homens. O RP estava lá, com uma roupa comprada para a ocasião. Ele aparece ao lado de figurões, como o empresário da Banda, Jim Beach.

O último encontro ao vivo com a Banda aconteceu em Setembro, no Rock in Rio. Symes ganhou de presente de Brian May uma espreguiçadeira com a arte do Álbum Innuendo, objeto de colecionador.

 

A Banda ama o Brasil. Eles dizem que os brasileiros fizeram de Love Of My Life a sua música. Até nesta última vez, na hora de ir embora, diziam que queriam voltar ao Rio. — conta Symes.

O trabalho na PR Contact, sua empresa, é dividido hoje com o brasileiro Ronaldo Mourão.

Phil Symes trabalha com a Banda há mais de 30 anos.

 

Fonte –

Jornal O Globo

Por Josy Fischberg

Em 01/11/2015 – 07:00 hrs / Atualizado em 10/08/2020 – 12:47 hrs

Menos limitações significaram que o grupo mais espalhafatoso da história pode se distanciar do glam e se estabelecer como único

O momento que uma banda atinge sua forma verdadeira é uma das coisas mais empolgantes na música. Alguns grupos podem vir ao mundo prontos, mas outros demoram um pouquinho para chegar lá. Às vezes as ideias precisam ser refinadas, os integrantes não estão acostumados a tocar juntos ou usar um estúdio de gravação. Era o caso do Queen.

Trata-se de uma das maiores bandas de todos os tempos, em termos de sucesso e megalomania. Eles queriam ser enormes desde o começo, mas a precocidade do primeiro álbum demonstrava uma banda que ainda não sabia como usar todas suas armas da maneira mais eficaz.

Essa é a história de como Freddie Mercury e cia descobriram a fórmula.

Uma estreia ultrapassada

O Queen começou suas atividades de fato em 1970, no Reino Unido, e só conseguiu lançar seu primeiro álbum três anos depois. Nesse ínterim, artistas como David Bowie, T. Rex, The Sweet e Roxy Music se tornaram estrelas na indústria musical baseados na mesma extravagância do grupo — e isso criou uma preocupação interna.

Em uma entrevista para a Melody Maker em 1973 citada no livro “A Verdadeira História do Queen”, de Mark Blake, o guitarrista Brian May afirmou:

“Fazíamos glam rock antes do Sweet e de Bowie. Nos preocupávamos com a possibilidade de havermos chegado tarde demais. Não queríamos que as pessoas pensassem que nós havíamos embarcado no mesmo trem.”

Adicione a isso o fato de ninguém estar interessado neles como os nomes citados antes. O Queen não tinha hype nenhum. Eles contrataram um especialista em relações públicas para ajudar a colocar o nome do grupo na praça, mas a tarefa se provou complicada. A imprensa achava a banda ridícula, a ponto de os acusarem de usar músicos de estúdio porque era impossível serem talentosos de verdade vestidos daquele jeito.

Entretanto, o público aos poucos aumentava graças a um contingente inusitado. A sonoridade sempre teve um quê de glamour à moda antiga, o que atraiu pessoas mais velhas para os shows deles. Havia adolescentes nas plateias, mas também donas de casa e mulheres de meia idade. Era incomum no rock até então ver uma distribuição etária assim.

O disco de estreia do grupo foi um sucesso modesto no próprio país enquanto o single “Keep Yourself Alive” sequer entrou nas paradas dos EUA ou do Reino Unido. Quando eles se aprontaram para começar a gravar o segundo álbum, em agosto de 1973, a ideia era apenas pegar tudo que funcionou no primeiro e aumentar. O título provisório, aliás, era “Over the Top”.

Maior é melhor

O Queen entrou no Trident Studios para gravar seu segundo álbum com algumas exigências: eles queriam poder trabalhar de maneira mais organizada, sem precisar utilizar as dependências apenas quando não tinha nada marcado. Além disso, o coprodutor John Anthony ficaria de fora, com Roy Thomas Baker assumindo a função sozinho a partir dali.

Inspirado por uma pintura do artista plástico vitoriano Richard Dadd chamada “The Fairy Feller’s Master-Stroke” – que influenciou a canção de mesmo nome no álbum –, Freddie Mercury instruiu Baker a deixar sua imaginação e criatividade voarem. Qualquer experimentação valia a pena. O cantor queria um álbum capaz de reproduzir a mesma beleza fantasmagórica cheia de detalhes da obra – e se isso significava aloprar, esse era o caminho.

Em entrevista à Classic Rock, Brian May falou sobre a moral do grupo na época:

“Foi como tirar a rolha da garrafa. A gente fez o primeiro disco usando qualquer horário sobrando no estúdio e foi uma bagunça, basicamente. Finalmente a gente estava lá e tinha uso total de tudo, tínhamos a chance de usar tudo como queríamos. A gente tinha mais cacife, finalmente. Trabalhamos muito interativamente com Roy. Então foi como ser um pintor pela primeira vez tendo a paleta completa para usar.”

Outra coisa que eles queriam corrigir era um erro visto por eles na hora de gravar singles. A razão identificada pelos integrantes para o fracasso radiofônico de “Keep Yourself Alive” foi como a canção demorava para explodir. A introdução era longa demais e não te pegava de cara.

O compacto seria a primeira coisa a se gravar e o escolhido precisava ser direto e marcante. A música selecionada era um velho cavalo de batalha do Queen ao vivo, “Seven Seas of Rhye”. A faixa já havia feito uma aparição no álbum de estreia como um instrumental fechando o disco, mas dessa vez serviria como cartão de visitas não só da banda como entidade comercial, mas também da estética musical deles.

Em menos de três minutos, o ouvinte é confrontado com piano clássico, guitarras orquestrais, dezenas de vocais ao mesmo tempo cantando uma narrativa que combina mitologia grega com humor chulo britânico. Era um encapsulamento perfeito do Queen. Se não desse certo como single, a banda nunca iria vingar mesmo.

O resto do álbum se desenrolou a partir daí, construído em duas partes conceituais. Brian May ficou encarregado do primeiro lado do vinil, apelidado de Branco, enquanto Mercury povoou a outra metade com suas músicas cheias de contos de fantasia e excessos.

O caminho do sucesso

Com o disco gravado, mas ainda não lançado, o Queen caiu na estrada para pagar as contas. Entretanto, a confiança no material novo era tamanha a ponto da banda escolher construir seu repertório inteiro em torno das músicas inéditas. E isso deu dividendos rápido.

Após algumas apresentações pelo Reino Unido e na Europa, eles foram recrutados para abrir uma turnê do Mott the Hoople. A banda glam havia sido resgatada da morte por David Bowie e emplacado um megahit na forma de “All the Young Dudes”, mas ficou claro durante o período na estrada que o Queen estava roubando a cena.

o livro “A Verdadeira História do Queen”, o autor Mark Blake resgatou uma declaração de Freddie Mercury sobre essa turnê:

“A oportunidade de tocar com o Mott foi excelente. Mas eu soube, desde o momento em que a turnê terminou, que — tanto quanto dependesse da vontade da Inglaterra — nós seríamos a atração principal, dali em diante.

Só tinha um problema. Esse sucesso ao vivo não estava traduzindo em vendas. “Queen” continuava por baixo nas paradas e “Keep Yourself Alive” nem aparecia nelas. Tudo isso começou a mudar em fevereiro de 1974.

Uma oportunidade surgiu de tocar no “Top of the Pops” por causa de um problema logístico que atrasou o lançamento do single “Rebel Rebel”, de David Bowie. A banda ainda não havia sequer lançado “Seven Seas of Rhye” como compacto, mas a campanha de jabá estava a pleno vapor.

Queen se apresentou no principal programa musical inglês no dia 21 de fevereiro de 1974, sua estreia oficial na TV britânica. Quatro dias depois, “Seven Seas of Rhye” foi lançada e chegou à 45ª posição nas paradas. Eles tinham um hit.

“Queen II” saiu no dia 8 de março e atingiu o 5º lugar na parada de álbuns. A banda era agora famosa. E ao longo de 1974 essa notoriedade só foi aumentando, a ponto deles se tornarem um dos maiores nomes do rock inglês ao final daquele ano.

Lançado em 8 de março de 1974 pela EMI / Elektra
Produzido por Roy Thomas Baker, Robin Geoffrey Cable e Queen
Faixas:

Procession
Father to Son
White Queen (As It Began)
Some Day One Day
The Loser in the End
Ogre Battle
The Fairy Feller’s Master-Stroke
Nevermore
The March of the Black Queen
Funny How Love Is
Seven Seas of Rhye
Músicos:

Freddie Mercury (vocais principais nas faixas 2, 3 e de 6 a 11;, backing vocals nas faixas 2, 3 4 e de 6 a 11; piano nas faixas 2 e de 7 a 11; cravo na faixa 7)

Brian May (guitarra; backing vocals nas faixas 2, 4 e de 6 a 11; violão nas faixas 2, 3, 4, 5 e 10; vocais principais na faixa 4, sinos na faixa 9, piano na faixa 2)

Roger Taylor (bateria em todas as faixas menos 8), backing vocals nas faixas 2 e de 4 a 11, vocais principais na faixa 5, vocais adicionais na faixa 9, gongo nas faixas 3 e 6, marimba na faixa 5, pandeiro nas faixas 2 e 11, percussão)

John Deacon (baixo, violão na faixa 2)

 

Fonte: https://igormiranda.com.br