Ola Pessoal, tudo bem? Quanto tempo, né?

Bom galera estou aqui hoje para comentar sobre os recentes relançamentos da discografia do Queen em comemoração aos 40 anos da banda, hoje vou falar sobre a primeira leva, lançada em março de 2011.

Vamos em frente!!!

Queen, Queen II, Sheer Heart Attack,

A Night at the Opera e A Day at the Races



Aspecto geral dos álbuns:

A remasterização dos álbuns ficou muito boa, vários instrumentos outrora escondidos passaram a ser ouvidos com maior clareza, o que nos dá a impressão de um som 3D (se é que se pode classificar um som como 3D) risos, na verdade o som nos faz lembrar sonorização de audio 5.1, com boa definição de tudo, mesmo sendo som estéreo. Ao mesmo tempo que outras coisas ainda permaneceram inalteradas: como por exemplo a bateria abafada do estúdio Trident, e o solo de baixo de Liar ainda permanece escondido sob a avalanche de bateria e guitarra. Um conselho que eu dou é ouvir os álbuns em aparelhos de qualidade com um bom balanço sonoro, o home-theater de casa já ajuda.


QUEEN

Disco 1

Keep Yourself Alive  |  Doing All Right  |  Great King Rat  |  My Fairy King  |  Liar  |  The Night Comes Down  |  Modern Times Rock ´n´ Roll  |  Son And Daughter  |  Jesus  |  Seven Seas Of Rhye

Disco 2 (Bônus)

Keep Yourself Alive (De Lane Lea Demo, Dec 71)  |  The Night Comes Down (De Lane Lea Demo, Dec 71)  |  Great King Rat (De Lane Lea Demo, Dec 71)  |  Jesus (De Lane Lea Demo, Dec 71)  |  Liar (De Lane Lea Demo, Dec 71)  |  Mad The Swine (June 72)

O álbum Queen vem recheado com 6 bonus tracks, sendo que cinco delas são as gravações da banda no De Lane Lea em 72, e Mad the Swine gravada no Trident mas que acabou ficando fora do álbum. Para quem não sabe as gravações no De Lane Lea foram faixas gravadas como demo em 1.972, a banda foi convidada a realiza-las como teste nas novas instalações do estúdio, sendo que nesta ocasião a banda conheceu o produtor Roy Thomas Baker, que indicou o Queen para os irmãos Sheffield donos do Trident.

As faixas são: Liar, Keep Yourself Alive, Great King Rat, Jesus e The Night Comes Down. Estas faixas vem com uma boa qualidade Sonora e são um retrato fiel de como era o Queen na época, uma banda com uma sonoridade pesada, mas completamente diferente dos medalhões do Heavy Metal: diga-se Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, etc, a banda já trazia elementos que seriam divisores de água no futuro, como a quantidade “monstruosa” de overdubs de guitarras e vozes, letras com temática séria, longe da futilidade e o som da Red Special. A guitarra de Brian já trazia uma sonoridade completamente distinta de tudo o que se ouvia na época, vide as Fender e as Gibsons, presentes no rock em geral.

Uma polemica que cercou as gravações do disco, foram a não inclusão das demos do De Lane Lea, ou seja tirando The Night Comes Down a banda teve de regravar tudinho.

Na minha modesta opinião ao ouvir agora estas demos com boa qualidade, percebe-se que os produtores estavam certos, as canções do álbum demonstram uma “maturidade” muito maior frente as gravadas na demo, percebe-se uma obra mais caprichada no álbum frente a demo.


QUEEN II

Disco 1
Procession  |  Father To Son  |  White Queen (As It Began)  |  Some Day One Day  |  The Loser In the End  |  Ogre Battle  |  The Fairy Feller´s Master-Stroke  |  Nevermore  |  The March of the Black Queen  |  Funny How Love is  |  Seven Seas of Rhye

Disco 2 (Bônus)

See What A Fool I’ve Been  |  White Queen (As It Began)  |  Seven Seas Of Rhye  |  Nevermore  |  See What A Fool I’ve Been

Aqui no caso temos cinco bônus tracks: See what foll I´ve been (duas vezes), Seven Seas of Rhye, Nevermore e White Queen.

Analisamos cada uma delas:

– See what fool I´ve been: duas versões distintas o lado B do single Seven Seas of Rhye e a versão da BBC, duas “porradas” com uma curiosidade. A versão da BBC é muito mais “limpa” e bem produzida que o single, talvez daí venha a resposta por não terem lançado ela como faixa do álbum, além é claro do medo que a banda tinha em receber uma ação por plágio, ela não tinha todo o requinte para o padrão Queen II, isto foi alcançado só posteriormente nas sessões da BBC.

– Seven Seas of Rhye: para quem como eu é alucinado por detalhes escondidos das músicas, aqui vai um prato cheio, uma versão despida das vozes de Seven Seas, é fantástico ouvir o trabalho de backing track da banda, detalhes antes inaudíveis ou muitas vezes que agente era levado a não ouvir agora aparecem claramente para nós, como por exemplo, o final maluco da bateria de Roger.

– Nevermore : Extraída também das sessões da BBC, aqui ao contrario de See what, a versão é menos rebuscada, como detalhe interessante May e Taylor conferem um certo peso a faixa no final.

– White Queen: Extraída de show no Hammersmith Odeon, que hoje se chama teatro Apolo em Londres, durante a turnê de A Night at the Ópera, uma versão bem bacana: pesada e carregada de lirismo.


SHEER HEART ATTACK

Disco 1

Brighton Rock  |  Killer Queen  |  Tenement Funster  |  Flick of the Wrist  |  Lily of the Valley  |  Now I´m Here  |  In the Lap of the Gods  |  Stone Cold Crazy  |  Dear Friends  |  Misfire  |  Bring Back That Leroy Brown  |  She Makes Me (Stormtrooper In Stilettos)  |  In the Lap of the Gods…Revisited

Disco 2 (Bônus)

Now I´m Here  |  Flick of the Wrist  |  Tenement Funster  |  Bring Back That Leroy Brown  |  In the Lap of the Gods…Revisted

1974 foi o único ano na história do Queen em que eles lançaram dois álbuns de estúdio, este fato ocorreu em função da enfermidade de Brian May, que obrigou a banda a interromper a primeira turnê americana, junto com o Moot the Hoople.

Bom, SHA assim como seus irmãos de 2011 traz uma mixagem caprichada e refinada, e assim como Queen II vem com cinco Bônus tracks: Bring Back that Leroy Brown, Tenement Funster, Flick of the Wrist, Now I´m Here e In the Lap of the Gods, vamos a elas:

– Now I´m Here: Extraída do show no Hammersmith Odeon em 1975 na turnê de A Night at the Ópera, aqui na minha opinião temos a melhor versão ao vivo lançada desta faixa, apesar de um andamento mais lento que o original ela é de um peso e energia incomparáveis tudo soa perfeitamente, vozes, baixo, guitarra, bateria, uma pedra preciosa veio a tona na minha opinião.

– Tenement Funster e Flick of the Wrist: Como na maioria das gravações para a BBC da banda aqui eles utilizaram o backing track do estúdio, adicionando somente vozes, acredito eu que no caso de Tenement eles usaram a voz extraída de algum take das gravações do álbum e um  solo de guitarra diferente em Flick of the Wrist, como curiosidade as  ordem das faixas está invertida no bônus, já que no álbum Tenement é a terceira faixa e Flick a quarta, aqui Flick é a segunda e Tenement a terceira.

–  Bring Back that Leroy Brown: Aqui presentes só as vozes, um delirío fantástico, é muito bom ouvir como Mercury trabalhava as vozes, e quão fantástico era o resultado.

– In the lap of the gods (revisited): Na minha opinião, uma bola fora total do Queen!! Pergunto: Quem ouvirá as bônus tracks dos álbuns? Os fãs da banda é lógico, e pergunto de novo: Qual fã não tem o álbum Live  at Wembley?

Existem muito mais coisas que mereceriam estar aqui e que seriam uma relíquia e tanto para o fãs mas a banda optou por botar uma carne de vaca conhecidíssima, como já havia dito “Bola Fora”!!! virão outras por aí…


A NIGHT AT THE OPERA

Disco 1

Death On Two Legs (Dedicated To……)  |  Lazing On a Sunday Afternoon  |  I´m In Love With My Car  |  You´re My Best Friend  |  ´39  |  Sweet Lady  |  Seaside Rendezvous  |  The Prophet´s Song  |  Love of My Life  |  Good Company  |  Bohemian Rhapsody  |  God Save the Queen

Disco 2 (Bônus)

Bohemian Rhapsody  |  You´re My Best Friend  |  I´m In Love With My Car  |  ´39  |  Love of My Life

A grande virada da banda, o grande álbum e aquele que traz em seu ventre Bohemian Rapsody, uma música que depois dela o Queen não precisava mais ter feito nada que já estaria para sempre na história, mas eles foram além e fizeram tantas outras coisas boas.

Em relação a mixagem do A Night ela é praticamente idêntica a da edição comemorativa de 30 anos do álbum lançada em 2005.

Vamos aos bônus:

– Keep Yourself Alive (Long Lost retake): Regravação da faixa do primeiro álbum com o intuito de estar presente no primeiro EP (Economic Play) da banda, de nome sugestivo Queen First EP. O Apelido de Long Lost Retake surgiu nas gravações de Queen, quando a banda demorou muito até encontrar uma mixagem satisfatória para a faixa, aproveitando o mito eles regravaram a faixa em 75 nas mesmas sessões de A Night at the Ópera.

– Bohemian Rhapsody: Assim como Bring Back em SHA, aqui temos os vocais do trecho operistico, fantástico o poder das vozes deles trabalhando juntas, e difícil imaginar o trabalho que Mike Stone teve para mixar tudo isso!!

– I´m Love With my Car: Aqui numa versão “peladona” em que podemos ouvir a delirante guitarra de May carregada de compressor e reverb, criando um timbre diferente.

– You´re my Best Friend: Novo mix da faixa, destacando detalhes fantásticos como os bells agora bem audíveis.

– Love of my Life: Outra bola fora!!!! Aqui mais grave, pois a mesma já havia sido lançada em álbum e em single, por que por exemplo não lançar a versão de Houston 77, em que o público ainda não canta a faixa, como curiosidade não sei se sabem; Love of my Life só foi incluída ao vivo na turnê de News of the World, existem milhares de coisas que podiam ser lançadas, por exemplo já circula há muito tempo na Internet o multi tracking de Bohemian Rhapsody, poderia ser lançado qualquer trilha destas.


A DAY AT THE RACES

Disco 1

Tie Your Mother Down  |  You Take My Breath Away  |  Long Away  |  The Millionaire Waltz  |  You and I  |  Somebody To Love  |  White Man  |  Good Old-Fashioned Lover Boy  |  Drowse  |  Teo Torriatte (Let Us Cling Together)

Disco 2 (Bônus)

Tie Your Mother Down  |  Somebody To Love  |  You Take My Breath Away  |  Good Old-Fashioned Lover Boy  |  Teo Torriatte (Let Us Cling Together)

Grandes bônus presenteiam nossos ouvidos em A Day at the Races: Tie Your Mother Down, aqui sem as vozes são um delírio para afccionados como eu, para quem toca guitarra é o que há, podemos escutar perfeitamente o que a majestosa Red Special faz em toda a música, o mais legal é perceber como o Queen era genial, se reduzirmos o andamento da faixa ela se torna um Blues de primeira categoria, mas com um simples andamento acelerado, um rockão chamado Tie Your Mother Down.

Somebody to Love: Podemos até considerar uma bola fora, pois essa pertence ao álbum Queen at the Bowl, mas como este mesmo álbum foi lançado relativamente a pouco tempo, podemos dar um desconto, de qualquer forma a versão é matadora!!

You´ve take my breath away: Dia 18 de Setembro de 1976, o Queen resolve dar um concerto de graça  como forma de agradecimento aos fãs que salvaram a vida da banda com o sucesso de A Night at the Opera, e resolveram dar mais um presente, mostrar ao público uma canção em que eles estavam trabalhando para o novo álbum, aqui todo o frescor de uma balada romântica com a marca Queen.

Good Old Fashioned Lover Boy: Aqui a versão do primeiro EP da banda, e que foi também utilizada no programa de TV Top of Pops, um backing track um pouco diferente da original e com Roger no lugar de Mike Stone, e um solo de guitarra diferente de Brian.

Teo Torriate: Aqui uma nova mix, praticamente igual a original e que foi lançada como single em seu mercado foco o Japão, já que como é sabido por todos esta canção com trechos em japonês foi composta por Brian para homenagear os fãs da terra do sol nascente e lançada como single somente naquele pais.


Em breve estarei colocando outra pequena resenha sobre os próximos cinco álbuns lançados com bônus.

Abraço a todos,
Marcelo Facundo


Se você tem alguma dúvida sobre os álbuns relançados, das faixas ou das faixas bônus, pergunte a vontade!!
Todas perguntas serão respondidas e postadas logo abaixo.


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Grandes bonus presenteiam nossos ouvidos em A Day at the Races: Tie Your Mother Down, aqui sem as vozes são um delírio para afccionados como eu, para quem toca guitarra é o que há, podemos escutar perfeitamente o que a majestosa Red Special faz em toda a música, o mais legal é perceber como o Queen era genial, se reduzirmos o andamento da faixa ela se torna um Blues de primeira categoria, mas com um simples andamento acelerado, um rockão chamado Tié Your Mother Down.

Somebody to Love: Podemos até considerar uma bola fora, pois essa pertence ao álbum Queen at the Bowl, mas como este mesmo álbum foi lançado relativamente a pouco tempo, podemos dar um desconto, de qualquer forma a versão é matadora!!!

You´ve take my breath away: Dia 18 de Setembro de 1976, o Queen resolve dar um concerto de graça como forma de agradecimento aos fãs que salvaram a vida da banda com o sucesso de A Night at the Ópera, e resolveram dar mais um presente, mostrar ao público uma canção em que eles estavam trabalhando para o novo álbum, aqui todo o frescor de uma balada romântica com a marca Queen.

Good Old Fashioned Lover Boy: Aqui a versão do primeiro EP da banda, e que foi também utilizada no programa de TV Top of Pops, um backing track um pouco diferente da original, e com Roger no lugar de Mike Stone e um solo de guitarra diferente de Brian.

Teo Torriate: Aqui uma nova mix, praticamente igual a original e que foi lançada como single em seu mercado foco o Japão, já que como é sabido por todos esta canção com trechos em japonês foi composta por Brian para homenagear os fãs da terra do sol nascente, e lançada como single somente naquele pais.

There are 2 comments

  1. Marcelo,boa tarde e feliz anovo! Não connhecia voce ou seu trabalho. Fiquei muito contente de ver alguem mais jovem que eu (tenho 50) tão interado e envolvido com o trabalho do Queen.
    Legal ver alguem atento com o inicio de carreira da banda que é brilhante. Ouço de muitas pessoas que o Queen é uma banda pop “legalzinha”,impressão essa passada pelos muitos hits dos anos 80 que acabaram obscurecendo o lirismo e peso dos primeiros anos.tanto a falar do Queen que não cabe em poucas linhas. Parabéns,continue a postar seus pensamentos. abs.

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  2. ah,outra coisa importante que me esqueci de dizer: Eu fui ao show do Morumbi em maio de 81,porem devido aos meus treze anos,meu pai teve que me levar! Já em 85 fui sozinho revê-los no Rock in Rio. Ainda acho que o show do Morumbi foi mais lindo.

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