A história real de Paul Prenter, o vilão de “Bohemian Rhapsody”

“Bohemian Rhapsody”, a cinebiografia de Freddie Mercury, trouxe seu grande vilão na figura de Paul Prenter (Allen Leech), que no filme é responsável por separar Queen e empurrar o vocalista em um estilo de vida regado a drogas e festas. Não foi bem assim na vida real, mas Prenter era, de fato, uma figura pouco querida pelos outros membros do Queen – e mais tarde vendeu informações sobre Mercury à mídia britânica.

Prenter trabalhava em uma rádio em Belfast, na Irlanda do Norte, quando conheceu Mercury. De acordo com o jornal “The Belfast Telegraph”, ele começou a trabalhar para o cantor em 1977, como seu assistente pessoal, e em certo ponto os dois se tornaram amantes.

O relacionamento de Prenter com os colegas de Mercury era conflituoso, para dizer o mínimo. Em 1982, Roger Tayler e Brian May chegaram a culpar a “influência maligna” de Prenter pelo fraco desempenho do álbum “Hot Space”. O assisttente também era criticado por dar pouca atenção às participações em programas de rádio, que na época eram importantes para estabelecer contato entre artistas e seus fãs.

Ao contrário do que acontece no filme, porém, Prenter não levou Mercury a separar o Queen; tampouco ele foi demitido por não informar o cantor sobre os convites para o Live Aid. Mercury só rompeu com Prenter em 1986, o ano seguinte ao evento. À época, segundo o jornal “The Mirror”, Mercury estava se afastando da sua rotina festeira, o que ampliou os problemas com Prenter, que por sua vez começou a vazar informações confidenciais sobre o patrão e a banda.

Paul Prenter (à direita) na capa do tabloide News of the World, que reproduziu suas declarações sobre Freddie Mercury
Paul Prenter (à direita) na capa do tabloide News of the World, que reproduziu suas declarações sobre Freddie Mercury

A traição mais grave foi uma entrevista de Prenter ao tabloide The Sun — e não a um programa de TV, como no longa. À publicação, ele expôs Mercury e seu parceiro, Jim Hutton, e fez diversos comentários sobre o estilo de vida do patrão, inclusive revelando que dois de seus parceiros anteriores haviam morrido de AIDS.

“É mais provável vê-lo andar na água do que com uma mulher”, disse Prenter. “Quando estávamos em turnê, era um homem diferente a cada noite. Ele ia dormir por volta das 6h, mas raramente sozinho”. Foi a gota d’água que o levou a ser demitido.

Prenter, que morreu vítimas de complicações da AIDS, em 1991, é desde então considerado um “Judas” por fãs do Queen. Isso dificultou até o trabalho do ator Allen Leech, que teve dificuldades para encontrar alguém disposto a falar sobre seu personagem.

“Não conseguia achar ninguém que quisesse falar sobre ele, porque ele é muito vilanizado na comunidade do Queen e entre os fãs”, contou Leech ao jornal “Metro”. “Eu falei com Peter Freestone, que trabalhou ao lado dele para o Queen, e isso foi muito valioso para descobrir como Prenter era”.

 

Fonte: https://entretenimento.uol.com.br

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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