A nostalgia do público do Rock in Rio de 1985

Pais e mães acompanham filhos adolescentes que esperam o astro Justin Timberlake e aproveitam para relembrar a chuva e o lamaçal da primeira edição

Freddie Mercury durante show do Queen na Austrália, em 1985 (Bob King/Redferns/Getty Images)
Freddie Mercury durante show do Queen na Austrália, em 1985 (Bob King/Redferns/Getty Images)

O cenário é o mais oposto possível. Em 1985, uma chuva torrencial caía sobre o público da primeira edição do Rock in Rio, que assistiu a shows históricos em meio a um lamaçal. Esta, aliás, é a lembrança mais marcante de quem esteve na remota e improvisada Cidade do Rock daquele ano. Este ano, é preciso enfrentar um sol escandante, mas com o conforto da grama sintética e de uma infra-estrutura de fazer inveja a grandes festivais internacionais.

A abertura de Ney Matogrosso e a apresentação do Queen não saem da mente de Vicente Linhares, de 60 anos, que está feliz pela oportunidade de rever a dobradinha de Ivan Lins com George Benson, que se repete neste domingo no Palco Sunset. “Vim acompanhar minha filha, mas fui eu quem decidi o dia do festival”, conta. “Eu preferia ver Bon Jovi (dia 20), mas hoje tinha mais atrações que meu pai gosta”, confirma Luísa, de 23 anos.

A nostalgia também bateu em Evaristo Joffily, de 53 anos. “Estava agora mesmo conversando com minha mulher sobre isso. Aquele primeiro Rock in Rio foi selvagem. Hoje, tudo é muito organizado – e limpo”, compara ele, que viu naquele ano de 1985 o que diz ter sido o melhor show de sua vida até hoje. “Rod Stewart estava demais. Debaixo daquela chuva, todo mundo com cabanas improvisadas vivendo um momento elétrico. Acho que até o cantor deve se lembrar desse dia.”

“Realmente, é outro festival, totalmente diferente”, concorda Leonardo Saverini, de 50 anos, que hoje estava satisfeito por poder se sentar na grama seca ao lado da mulher, Daniela, à espera do show de Jota Quest, que abriu o Palco Mundo. Ela, por sua vez, lamenta até hoje não ter vivido a mesma experiência do marido. “Meus pais não me deixaram ir naquele ano. Fiquei decepcionada. Por isso hoje, faço questão que minhas filhas participem”, diz, sobre as meninas ansiosas pelo astro Justin Timberlake, que fecha o Palco Mundo.

 

Fonte: http://veja.abril.com.br

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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