2012 fazem 30 anos da Guerra das Malvinas, britânicos comemoraram ao som de WATC

Por: Jornal do Brasil  |  Gilberto Rodrigues

Aula de geografia. A professora mostra o mapa da América do Sul para os alunos. Ao falar da Argentina, comenta que existe um arquipélago em disputa com o Reino Unido. Como deveríamos chamar: Malvinas ou Falkland? A resposta a essa questão indicará a preferência não apenas da professora mas de todos que se manifestem sobre o tema.

Em 2012, completam-se 30 anos da Guerra das Malvinas/Falkland. Uma guerra que a ditadura argentina perdeu para o governo conservador britânico de Margareth Tatcher, a Dama de Ferro. Para os argentinos, um capítulo triste e vergonhoso de sua história. Para os britânicos, ao som de We are the champions (Nós somos os vencedores), do Queen, um momento de afirmação de sua soberania sobre as ilhas e de seu poderio militar, em plena Guerra Fria.

Passadas três décadas, a Argentina segue reivindicando com barulho a soberania sobre as Ilhas Malvinas (Las Malvinas son argentinas) e os britânicos continuam fleumáticos e impassíveis nas Ilhas Falkland. Porém, fatos novos entram em cena e estão alterando o equilíbrio de forças políticas e diplomáticas nesse embate.

Os países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), sob a liderança do Brasil, não querem que nenhum país de fora da região faça exercícios militares no Atlântico Sul. O Reino Unido não apenas teima em manter suas naves bélicas como anunciou que irá explorar petróleo no território marítimo das ilhas. Em razão disso, a Unasul passou a declarar apoio à Argentina em seu pleito. Mais: Argentina e Uruguai proibiram qualquer empresa que explore petróleo nas Malvinas de utilizar os seus portos e de atuar no país.

Já os habitantes das ilhas preferem ficar com os britânicos e reagem indignados à política de Buenos Aires (ver www.falkland.gov.fk), mas a Casa Rosada afirma que todos nas Ilhas são manipulados pela Corte de St. James. Não há dúvida de que está em curso a maior estratégia de defesa coletiva contra a soberania britânica sobre as Malvinas/Falkland até hoje vista. Não à toa, o chanceler William Hague veio ao Brasil em busca de apoio à posição britânica, preparando futura visita do príncipe William. Por enquanto, Malvinas/Falkland permanecem como a dupla expressão dos mapas isentos.

Gilberto Rodrigues, professor do curso de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina, foi professor visitante da Universidade de Notre Dame (EUA) e é doutor em Relações Internacionais pela PUC-SP


Fonte: www.jb.com.br

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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There are 1 comments

  1. Sou fã do QUEEN e os acompanho desde o inicio. Sendo assim, não entendo que a música watc tenha sido criada para este tipo de comemoração. Nos anos 80 quando a ilha Malvinhas e o Reino Unido entreram em conflito, se não estou equivocada, o próprio Queen lançou uma música muito bonita em respeito aos Argentinos, já que naquela década o grupo passou pelo Brasil e Argentina e foram muito bem recebidos pelos fãs.A música de que falo é Las Palavras de Amor. -me corrijam se estiver errada -. Além disso, as mensagens em geral das letras de suas músicas falam da liberdade, do amor, da pressão que o ser humano passa, da insanidade do poder. Por isso entendo como fã do Queen que não há nada a comemorar e além disso utilizar uma música que sabemos e repito não foi feita para este fim…

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