Sexo, drogas e rock de arena

Livro conta a história do cantor do grupo Queen com ênfase na busca solitária por amor e prazer que o levaria à morte

ENVOLTO EM PROGRESSIVA aura mítica desde sua morte, causada pela Aids, Freddie Mercury (1946 – 1991) viveu como poucos o clichê “sexo, drogas e rock’n’roll”. O rock era pop e moldado para arenas e estádios, palcos dos lendários shows do Queen, o grupo britânico que deu fama mundial nos anos 70 e 80 ao seu vocalista descendente de indianos. O sexo foi buscado de forma desenfreada para amenizar a solidão vinda com a rotina desgastante das turnês. E as drogas foram o aditivo de uma vida intensa, recontada pelo escritor Selim Rauer na biografia Freddie Mercury (Planeta, 320 págs., R$ 49,90), lançada no Brasil neste mês de março.

Sem sensacionalismo, mas com adoração por Mercury, o autor reconstitui a trajetória de um ídolo que sofreu na infância ao ser separado dos pais para estudar em colégio interno longe da comunidade de raiz oriental em que nasceu. A providencial mudança para Londres, na adolescência, marcou o contato do rapaz com a cultura pop britânica e abriu o caminho da fama para o futuro astro. Com narrativa leve e agradável, a biografia detalha a gênese do Queen e explica o conceito de cada álbum/turnê da banda enquanto relembra a via-crúcis pessoal de Mercury, que passou a viver sua homossexualidade longe dos holofotes. A biografia não mascara o caráter promíscuo do artista, mas seu fato mais revelador é a informação de que os produtores do Queen precisaram negociar com os governos ditatoriais que reinaram na América do Sul dos anos 70 – inclusive o do Brasil – para que o grupo tivesse passe livre numa turnê desbravadora, feita quando tais países ainda não figuravam na rota internacional de shows.

Fonte:  istoegente.com.br

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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