Crônica: “Queen: a banda chamada Rainha e a voz rainha do pop-rock”

Texto de Gabriel Leite Mota


Havia qualquer coisa de majestoso na música do Queen e na voz de Freddie Mercury. Esta crônica deve ser lida ao som do Queen

O Queen é, indiscutivelmente, uma das maiores bandas da história do pop-rock mundial. Composta por músicos de talento (que sabiam tocar, cantar e compor) asseguraram, com a sua produção musical, um lugar indestronável na história do rock. Criadores de hinos como ninguém, são uma banda de sempre, para sempre.

Infelizmente, o Queen teve que parar prematuramente, devido à morte do seu vocalista. É que, ao contrário de outras bandas, este vocalista era insubstituível. À frente do Queen estava, de fato, alguém especial. Um vocalista que para além de ser compositor, letrista e tocar piano tinha, provavelmente, a melhor voz de todos os tempos da história do pop-rock mundial: a voz rainha!

Freddie Mercury era o rapaz de ouro com a voz de ouro. Quem mais conseguiria acompanhar vocalmente com um expoente do canto lírico como Montserrat Caballé? Que outro vocalista pop conseguirá cantar “Somebody to love” como ele cantou, ao vivo, no espetáculo “Live at the Bowl” de 1982?

A cidade de Barcelona tem um hino (criado por ele para os jogos olímpicos) que jamais esquecerá. Os registros em áudio, ou vídeo, da sua voz não deixam margem para dúvida: aquela voz vinha do céu…

Havia qualquer coisa de majestoso na música do Queen e na voz de Freddie Mercury. A banda rainha tinha uma capacidade única para criar hinos que perduram até hoje (a qualquer vitóiria o som que soa, automaticamente, nas nossas cabeças: “We are the champions, my friends”. Talvez não seja acaso a banda ter acabado o seu último concerto (“Live at Wembley 86”), perante 200 mil pessoas, ao som do hino britânico, com Freddie Mercury vestido de rei… Ainda hoje é recordado, no imaginário de todos nós, de peito aberto e com o punho bem levantado a apontar para o céu (talvez a celebrar a conquista da imortalidade musical).

Banda irrepetível

O Queen foi uma banda super criativa mas, acima de tudo, irrepetível. Foram, capazes de criar standards, como “We will rock you”, e rupturas como “Bohemian Rhapsody”, um marco na história do pop-rock que influencia todo o resto (“Paranoid Android” do Radiohead pode bem ser a sequela daquela rapsódia boémia de 1975).

É difícil não se gostar do Queen. Pelo menos, não gostar de alguma coisa no Queen: mesmo que não seja o estilo musical preferido, quem consegue ficar indiferente à voz de Mercury, aos solos de guitarra de Brain May ou a alguns dos hinos que eles criaram?

 Na TV e no cinema, o Queen também estão lá: em Flash Gordon, nos Imortais, no Moulin Rouge.

 Mesmo no fim, já sabendo da sua condição de soropositivo, Mercury criou ainda algumas das mais belas canções do Queen como “Innuendo” e, sobretudo, “The show must go on” (outro hino, este sobre a coragem de continuar).

Quando o Queen apareceu, em 1970, eu ainda não era nascido. Quando Freddie Mercury morreu eu tinha 12 anos. Não se pode dizer que o Queen foi uma banda da minha geração… A verdade é que, nessa altura, já tinha todos os álbuns do Queen. Foi, sem dúvida, a minha primeira banda favorita.

 Quando soube da notícia da morte de Freddie Mercury senti a tristeza típica de quem perde alguém que admira. Apesar de ainda ser novo já tinha a noção de que o Queen era especial e Freddie Mercury inimitável. Quanto mais não fosse, isto: são poucas as bandas que conseguem impactar para além da sua própria geração. E o Queen é, ainda hoje, uma banda de referência para muitos jovens…

 Cada fã do Queen terá as suas canções e álbuns preferidos. Mas todos sabem que, quando acabou, o Queen não deixou sucessão, apenas inspiração.

Enfim, os registos ficaram por aqui e à vista de todos. Será alguém capaz de a superar?

Texto de Gabriel Leite Mota

 

Fonte:  http://p3.publico.pt

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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There are 1 comments

  1. Freddie eh unico. Liinda essa cronica muito bem escrita parabens ao autor. Realmente Queen foi e eh na minha opniao a melhor banda d rock. Freddie deixava qualquer um animado com suas perfomances no palco. Amoo somebody to love no live at the bowl aquela introduçao no começo eh d arrepiar.

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