Site “O Caralho do Rock” fala de Freddie Mercury

 
O garoto Farrokh Bulsara começou a ser chamado de Freddie por volta dos doze anos, quando montou a banda The Hectis, com a qual fazia versões de Cliff e Little Richard, em eventos escolares na cidade de Bombaim, na Índia, para onde se mudou depois de ter nascido e crescido na Cidade de Pedra de Zanzibar, antiga colônia britânica, hoje parte da Tanzânia (África Oriental) e patrimônio mundial da Unesco.
 


Por volta dos dezoito anos mudou-se para a Inglaterra e formou-se em Design Gráfico, o que lhe possibilitou criar o logotipo do Queen, banda antes chamada de Smile, renomeada também por ele, que achava o nome “esplêndido”, “forte”, “universal”, de cujas “conotações gays” ele era ciente, mas “não se importava”.
 
 
O Queen, como conhecemos, com a entrada de Freddie, foi fundado em 1970 e passou por significativas mudanças sonoras ao longo da carreira. De início, o grupo era recusado pelas gravadoras por se parecer demais com Led Zeppelin, mas aos poucos foi ganhando seu espaço. O primeiro álbum, homônimo, não emplacou muito bem, mas a partir do segundo, “Queen II”, as coisas começaram a mudar, até que finalmente, em 1975, surgiu o disco “A Night at the Opera”, da superexperimental canção Bohemian Rhapsody, só aceita no álbum devido à insistência de Freddie. A canção, é claro, todos sabemos, tornou-se dos principais momentos do rock’n’roll mundial.
 


A partir de 1980, Freddie e seus companheiros decidiram investir na música eletrônica, em canções como Another Ones Bites The Dust (1979) e Under Pressure (com David Bowie, em 1982). A iniciativa afetou um pouco a popularidade do grupo devido ao punk que se fortalecia na Europa, e por isso o Queen decidiu descer para o hemisfério Sul, fazendo shows históricos, como no nosso Rock In Rio, de 1985. Também é deste ano o primeiro dos três discos solos de Freddie Mercury, “Mr. Bad Guy”, trabalho bastante divorciado do rock.
 


Esse divórcio com o rock é que me parece mais curioso. Talvez tenha sido uma atitude “visionária” de Freddie ao dar um basta a um velho estilo que agonizava, mesmo que nos anos 1980 isso possa parecer prematuro, ou talvez, mas espero que não, tenha sido porque Freddie aderia ao “vício gay” da discoteca, ainda que “discoteca” seja um termo forte para o pop que o Queen veio a fazer.
 

 
Fato é que, mesmo com os altos e baixos que a banda sofreu com os flertes com a eletrônica (que na década de 1970 ressaltava sua postura nas capas de discos com o protesto “Sem sintetizadores!”), a importância de Freddie Mercury como “show man” só aumentava. Todos destacavam seu talento como cantor e sua presença de palco. Freddie é daqueles poucos que se tornaram sinônimo de um estilo, ninguém o confunde nem o esquece. Ele coleciona títulos como um dos “100 maiores britânicos”, “o maior cantor de todos os tempos” e “o herói asiático mais influente dos últimos 60 anos”.
 
 
Como homem, com sua vida pessoal, Freddie era quase discreto. Os aspectos de sua sexualidade nunca foram trabalhados de maneira pública. Sabe-se que ele costumava levar homens e mulheres para o quarto durante a carreira, e que teve um relacionamento muito significativo com uma mulher, a quem dedicou a canção Love Of My Life, de 1975. Nos últimos anos de sua vida, contudo, namorava um homem, Jim Hutton, com quem evitava aparecer publicamente em muitos momentos.
 

 
Na carreira, o tema da sexualidade é quase nulo. Talvez o momento mais relevante seja da canção I Want To Break Free, de 1984, que nem composta por Freddie foi, e sim pelo baixista John Deacon. O vídeo da música causou polêmica ao mostrar os moços travestidos, numa clara paródia a uma novela, e chegou a ser banido pela MTV. A canção, grande sucesso em muitos países, se tornou símbolo de luta contra opressão em muitos lugares.
 

 
Há quem defenda que Freddie, com a personalidade e força que tinha nos palcos, deixava claro como ele era, sem discursos ou canções, e sua postura como artista já era suficiente para impor respeito a sua pessoa e, consequentemente às pessoas como ele.
 


 
Para nós, caralhíssimos, a importância de Freddie é clara, como artista e como homem. Neste 28 de junho de 2013, o CdoRock corrige o erro de nunca ter homenageado Freddie Mercury, o roqueiro gay mais famoso do mundo.
 

 

Fonte: www.cdorock.com
Dica de: Roberto Mercury
 

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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