10 canções para o cão e para o gato [playlist BLITZ com vídeos]

Um, diz-se, é o melhor amigo do homem; o outro – mais fugidio – também não lhe é indiferente. Ambos são temática recorrente na história do pop/rock (e sim, também incluímos um vídeo de gatinhos).

The Cure “Lovecats” (1983)

Por entre garrafas que batem e não quebram, desenha-se um cenário onde gatos são modelo a seguir por aqueles que se alistam e põem a mão no fogo pelo amor. A atitude cabarética não é à toa: os Cure são melodramáticos e acreditam que encenar a coisa não é crime. Num clássico instantâneo, Robert Smith recomenda ao homem e à mulher comuns alguma da chico-esperteza dos felinos como forma de ultrapassar barreiras.

Elvis Presley “Hound Dog” (1956)

O movimento de ancas que deixou tanta mulher maluca é, nesta canção, especialmente representante. Fica para a história o vídeo onde a operação-charme de Elvis Presley assume posição – e choca muita gente pelo caminho. Este cão de caça que chora servirá certamente de metáfora para as fraquezas de amor – um canino com problemas sentimentais por resolver.

Pink Floyd “Dogs” (1977)

Num disco conceptual, dedicado exclusivamente aos animais, os Pink Floyd materializam em “Dogs” uma crítica ao abuso do poder dos homens de negócio. Com mais de 17 minutos, o segundo tema de Animals, é uma extensa tela onde são exploradas as mais distintas sensações – mais ou menos surrealistas. Mas o que fica é a intensidade da viagem.

Belle & Sebastian “Dog On Wheels” (1997)

Parece quase obrigatório que os Belle & Sebastian, indie darlings como os conhecemos, tivessem uma canção sobre cães (ou gatos já agora). Na voz de Stuart Murdoch, os cães são confidentes de segredos, prazeres e muito mais. Por entre lalalas e sopros, os Belle & Sebastian colocam o cão em cima de rodas e fazem-no ver a Primavera, o que é uma excelente metáfora para a liberdade.

Queen “Cool Cat” (1982)

A versatilidade dos Queen permitiu-lhes aventurar-se por uma série de terrenos – em “Cool Cat”, a história de um gato demasiado cool para este planeta, Freddie Mercury dá voz a uma coisa que é funk mas é jazz, que é soul mas é sabe-se lá o quê. Sabe-se que é uma canção light (elogio) em que Freddie Mercury saca dos argumentos vocais para fazer desta uma canção que parece conter um pedaço da vida de cada um.

The Kinks “Phenomenal Cat” (1968) [alerta vídeo de gatinhos]

Flautas preparam o caminho. Há lalalas pelo caminho. Tudo porque há muito,muito tempo, na terra dos rapazes idiotas, havia um gato que adorava rebolar todo o dia. O gato, fenomenal, chegou mesmo a ir a Hong Kong, onde descobriu o segredo da vida. E os Kinks terão sido os privilegiados com tal descoberta.

The Who “Dogs” (1968)

“Dogs” tem de ser uma das canções mais inesperadas e bizarras pelas mãos dos The Who. Por entre declarações apaixonadas à cerveja (diz-se a certa altura “Não havia nada na minha vida maior que a cerveja”), traça-se um cenário amoroso em redor de corridas de cães. Num sábado à noite como outro qualquer, numa pista de corridas, celebra-se o amor de inspiração canina.

The Coasters “Three Cool Cats” (1956)

Apesar de ter sido mais reconhecida na voz dos Beatles, “Three Cool Cats” é uma canção da autoria dos Coasters, uma banda formada em Los Angeles por Carl Gardner em 1955. Tratando-se ou não de gatos reais, os três elementos-alvo da canção têm, nas vozes dos Coasters, muita pinta. Dependendo da imaginação de cada um, os gatos, na canção, acabam apaixonados e com fortes hipóteses de serem correspondidos.

Nick Drake “Black Eyed Dog” (1974)

Pouco antes da sua morte, em 1974, Nick Drake gravou uma canção que intitulou “Black Eyed Dog”, numa referência a Winston Churchill quando este descrevia a depressão como um cão negro. Acústica e delicada como sempre, é o espelho da alma do cantor britânico que deixou o mundo desapontado com a atenção dada à sua música e um belíssimo retrato da sua existência.

David Bowie “Diamond Dogs” (1974)

Em disco temático, David Bowie, em 1974, voltava a encarnar um pouco da personagem de Ziggy Stardust. Com isso em mente, lançou um single pouco convencional – mas acentuadamente rock – onde atira o epíteto de Cães Diamante a um grupo de temíveis criaturas sem identidade. Jogos de poder e de sedução, identidade ocultada e escondida – não fosse ele o camaleão.

Fonte: http://blitz.sapo.pt/

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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