Os 10 Armários Mais Escancarados da Música

Antes que venham dizer que a Taverna do Peregrino exalta a homofobia, gostaria de deixar ressaltado que este tópico tem o intuito de documentar as celebridades da música, que com muita coragem resolveram assumir sua preferência sexual contraditória, tão pouco temendo a rejeição dos fãs e o falatório da mídia. Claro que a revelação de alguns tornou-se nada mais que a confirmação de algo que já sabíamos de antemão, uma vez que as evidências eram bem nítidas.

Se você tem certo posicionamento religioso, guarde-o consigo, porque aqui sublimaremos o talento musical. Vejamos agora os 10 armários mais escancarados da música, que vão do rock’n’roll ao estilo pop. Já sei, vocês estão sentindo falta de alguns nomes como Phil Oakley (The Human League), Marc Almond (Soft Cell), Mika, Renato Russo (Legião Urbana e Solo), Darren Hayes (Savage Garden), Sylvester (Solo), Ney Matogrosso (Secos & Molhados e Solo), Mark Feehily (Westlife) e Michael Stipe (R.E.M.), mas a lista é limitada em apenas dez escolhas, portanto, eis as selecionadas.

FREDDIE MERCURY (QUEEN E SOLO)
Freddie Mercury (1946-1991) é o maior exemplo de que um grande talento não pode ser esmorecido por mera opção homoafetiva, já que o cantor esbanjava qualidades artísticas, e um detalhe tão peculiar como esse não tem a menor significância para fãs e admiradores. Antes de assumir sua homossexualidade, Mercury viveu por cinco anos com sua namorada Mary Austin, que posteriormente se tornou a musa inspiradora por trás do hitLove Of My Life“.
Queen – I Want to Break Free

ROB HALFORD (JUDAS PRIEST)
Nem mesmo o couro, os rebites em aço e o excesso de testosterona, livraram o heavy metal de ter um impactante representante da comunidade gay. Durante sua carreira como vocalista do Judas Priest, Rob Halford vivenciou um conflito que se findou em depressão e no uso de substâncias entorpecentes. O grito de liberdade foi transmitido em uma ousada entrevista a MTV News, em 1998, quando declarou que finalmente se sentia confortável para tornar sua sexualidade pública.

Painkiller
NEIL TENNANT (PET SHOP BOYS)
Em agosto de 1994, uma matéria da revista britânica Attitude Gay Lifestyle anunciava algo supostamente bombástico, Neil Tennant, finalmente havia declarado sua homossexualidade: “Sim, sou gay“. A notícia não poderia ser mais hilária, já que as evidências eram tão cristalinas ao longo de sua carreira, bastava observar os vídeos do Pet Shop Boys ou os trejeitos de seu vocalista em ação.
West End Girls
ANDY BELL (ERASURE E SOLO)
Além ter sido vocalista do Erasure, Andy Bell é um fervoroso defensor dos direitos gays, e até onde fiquei sabendo, jamais escondeu sua condição homossexual. A extravagância é uma das principais características deste artista britânico, e podemos constatar isso no videoclipe “Oh L’amour“, onde ousadamente traja uma cinta-liga preta com espartilhos. Em dezembro de 2004, Andy anunciou publicamente que é HIV-positivo desde junho de 1998, data em que descobriu a enfermidade por análise laboratorial.
A Little Respect
ELTON JOHN (SOLO)
Acredito que Sir Elton John tem enorme prazer em provocar os milhares de cristãos fervorosos ao redor do mundo, primeiro por constituir uma atípica família com seu marido David Furnish e seu filho Zachary Jackson Levon Furnish-John; e segundo por dizer abertamente que Jesus Cristo fora gay durante sua vida terrestre. O queridinho da nobreza britânica é um dos principais defensores da causa homoafetiva, não poupando nem mesmo as crenças religiosas.

Nikita
RICKY MARTIN (MENUDO E SOLO)
De todos os artistas da lista, Ricky Martin foi o último a sair do armário, já que a preocupação com destino de sua carreira era extremamente sufocante. Aos 38 anos, contrariando recomendações, Ricky, assume sas rédeas de sua vida, declarando em seu blog: Tenho orgulho de dizer que sou um felizardo homossexual. Sou muito abençoado em ser o que sou. Esses anos em silêncio e reflexão me fizeram mais forte, lembrando-me de que aceitação vem de dentro e que esse tipo de verdade me dá o poder de conquistar emoções que eu nem sabia que existiam”. Independente da escolha deste porto-riquenho, ainda o veremos arrebatar milhares de fãs mulheres em todo o globo terrestre, considerando que muitas delas terão a esperança de muda-lo algum dia.

Maria

JIMMY SOMERVILLE (BRONSKI BEAT, THE COMMUNARDS E SOLO)

No começo de sua atuação como vocalista e compositor, Jimmy Somerville não teve dificuldades em pôr à mostra sua preferência por jovens rapazes esportistas, que inclusive poderemos observar nos vídeoclipes de sua carreira. Jimmy esteve à frente de duas famosas bandas do Synthpop britânico (Bronski Beat e The Communards), que marcaram o cenário gay oitentista por todo o mundo.

Bronski Beat – Smalltown Boy
CAZUZA (BARÃO VERMELHO E SOLO)

Cazuza (1958-1990) era debochado, mimado e inconsequente, mas acima de tudo um gênio do rock brasileiro, que assumiu sua bissexualidade em meio aos tabus dos anos 80. Assim como Freddie Mercury, o ex-vocalista do Barão Vermelho foi mais uma das vítimas que sucumbiram perante o temível vírus HIV, que por pura ignorância era chamado de “praga gay”.

Exagerado
GEORGE MICHAEL (WHAM! E SOLO)
George Michael foi aclamado como símbolo sexual desde seu surgimento musical na dupla Wham! (1981). Embora sempre fora discreto com sua sexualidade, Mr. Michael passou por uma situação bem constrangedora em 1998, quando foi detido pela polícia de Los Angeles por praticar atos obscenos em um banheiro público. Numa entrevista para o Independent News em 2007, Michael confessou porque demorou tanto tempo para sair do armário, já que sua mãe poderia se assustar com a revelação.



Wham! – Wake Me Up Before You Go-Go

BOY GEORGE (CULTURE CLUB E SOLO DJ)

O comportamento e o visual andrógeno de Boy George já causaram muitas polêmicas no inicio da década de 1980, alguns até chegaram afirmar que o artista era uma mulher travestida de drag queen. Boy George tinha uma atração pessoal por heterossexuais e simpatizantes indecisos, algo que inevitavelmente o levava a frustações e decepções amorosas, como ocorrera em seu relacionamento secreto com John Moss, baterista do Culture Club. E as histórias não param por aí, portanto, se quiser saber mais sobre a escandalosa “Boneca Emília” do movimento New Romantic britânico, existe um ótimo filme chamado “Worried About The Boy“, produzido pela BBC de Londres.

Culture Club – Do You Really Want to Hurt Me?
Fonte: http://tavernadoperegrino.blogspot.com
Dica de: Roberto Mercury

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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