Liderado por Brian May, Queen emociona em 1º show no Brasil sem Freddie

Com apenas dois membros de sua formação original, o baterista Roger Taylor e o guitarrista Brian May, o Queen, que agora conta com Paul Rodgers nos vocais, fez um apanhado de seus maiores hits em um show com cerca de duas horas e meia no Via Funchal, em São Paulo, nesta quarta-feira (26).

Com clima de suspense e aos gritos de “Queen”, vindos das cerca de 5 mil pessoas que prestigiaram a apresentação, a banda deu início ao show. Do telão, uma enorme tela de LCD, começaram a chover meteoros até que os primeiros riffs de “Hammer To Fall” botaram fim a expectativa dos fãs paulistas.

E o que se viu em seqüência foi um enxurrada de hits das mais diferentes fases do grupo: “Tie Your Mother Down”, “Fat Bottomed Girls”, “Another One Bites The Dust”, “I Want It All” e “I Want To Break Free”.

A curiosidade em saber como ficariam os clássicos eternizados na voz de Freddie Mercury, agora cantados por Paul Rodgers, logo foi sanada. Mesmo não tendo o carisma e o vigor de Freddie, Rodgers conseguiu de forma honesta (sem imitar os trejeitos do ex-vocalista do Queen), comandar a massa, que cantou todos os hits, sem se importar com a ausência de seu ídolo.

O show mais parecia um imenso karaokê e serviu para reverenciar um dos maiores guitarristas da história do rock, Brian May.

Claro que a monotonia quase tomou conta dos presentes durante a execução de “C-lebrity” e “Surf’s Up … School’s Out”, ambas tiradas do álbum de inéditas “The Cosmos Rocks”, o primeiro sem Freddie. Mas o carisma de May e uma nova seqüência de clássicos foram suficientes para trazer a euforia de volta.

Rodgers deixou o palco para um dos momentos mais emocionantes da apresentação. Na ponta do palco, que ia até o meio da área VIP, Brian May arriscou algumas palavras em português e convidou o público para a primeira homenagem a Freddie Mercury dizendo: “Vocês querem cantar para o Freddie?”, para então tocar “Love Of My Life” no violão, enquanto a platéia se encarregava dos vocais. Neste momento, May não conseguiu esconder a emoção ao ouvir o coro dos brasileiros.

Ainda no clima intimista, foi à vez de Roger Taylor fazer sua aparição. Uma bateria foi montada na ponta do palco para que ele pudesse mostrar seu talento como baterista e vocalista em “I’m In Love With My Car”, “A Kind Of Magic” e “Say It’s Not True”, esta última tirada de “The Cosmos Rocks”.

No final da primeira parte do show vieram outras duas homenagens a Freddie Mercury. O ídolo se fez presente através do telão e em playback, primeiro em “Bijou”. E após a seqüência de clássicos – “Under Pressure”, “Radio Ga Ga”, “Crazy Little Thing Called Love” e “Show Must Go On” -, numa emocionante versão de “Bohemian Rhapsody”, com diversas imagens de diferentes fases de Freddie Mercury e do Queen, mostradas na gigante tela de LCD.

A pausa para o bis foi embalada pelos gritos e palmas características de “We Will Rock You”, e uma chuva de bastõezinhos de neon, que foram distribuídos na entrada do show.

Na volta, mais uma música nova, “Cosmos Rockin’”, e três clássicos: “All Right Now” (do Free, ex-banda de Paul Rodgers), “We Will Rock You” e “We Are The Champions”, as duas últimas promovendo uma enorme festa entre os presentes.

O show que tinha tudo para ser uma espécie de banda cover de luxo do Queen foi salvo pelo carisma e, principalmente, pelo talento de Brian May, que com a ausência de Freddie Mercury, assumiu o posto de líder do Queen. Nesta quinta-feira (27) a banda faz seu último show em São Paulo, para depois encerrar sua turnê no próximo sábado (29), no Rio de Janeiro.

http://www.abril.com.br/

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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