Jornal critica os preços dos ingressos do show do Queen

Viagem direto para o passado do rock

Show do Queen, banda clássica, sem sua figura de frente, Fred Mercury, tem ingressos a preços absurdos

As bandas Queen, que toca aqui novembro, e The Doors, tentam seguir sem suas “almas”Certa vez, Frank Zappa cunhou a seguinte frase: “Um ouvinte típico de rock é um garoto tão analfabeto que não consegue ler nem o selo do disco que acabou de comprar.” Exageros à parte, a sentença cabe, muitas vezes, quando o assunto é show de rock maistream no Brasil. Certos croquetes que vêm ao País são empanados em tamanha picaretagem que a azia é imediata.

A próxima investida pelos palcos brasileiros é da banda Queen, que vem com dois membros originais mais o vocalista Paul Rodgers (ex-Free, ex-Bad Company). Assistir ao Queen sem que seja Freddie Mercury entoando hinos como “Bohemian Rhapsody” e “Love of My Life” é como os Rolling Stones decidirem que sairão em turnê sem Mick Jagger.

Pois os dias 26 e 27/11 estão reservado para tal apresentação. O Via Funchal será o palco para que o guitarrista Brian May, o baterista Roger Taylor (os dois remanescentes da formação original do grupo fundado em 1970) pichem com tintas vencidas o legado de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos.
Os ingressos para os shows estão sendo vendidos pelo site www.viafunchal. com.br e no telefone (11) 3188-4148. Quem quiser entradas para assistir à apresentação pode preparar o discurso para o avalista. Uma pista VIP (em pé) está sendo vendida por R$800. Quem quiser pagar menos terá de sacar R$ 270 (pista). O ingresso mais caro é para o setor de camarotes, R$ 900. Brian May e Roger Taylor retornam ao Brasil após 20 anos. O repertório será dividido entre o novo álbum, The Cosmos Rocks, além de sucessos de uma carreira de mais de 30 anos. Vale lembrar que este é o primeiro disco do grupo em 13 anos e o primeiro sem o vocalista e alma da banda Freddie Mercury.

The Cosmos Rocks dói no ouvido. Sua primeira frase sintetiza o clichê que a banda destila por suas 14 faixas. “Que planeta é esse? Que seja o do rock’n’roll”, canta uma voz sinistra na abertura de “Cosmos Rockin”. Imagine o restante do CD? Não é à toa que John Deacon, baixista da primeira formação do grupo e compositor de sucessos como “Another One Bites the Dust” e “I Want to Break Free”, não deu às caras no projeto. Deacon só aceitaria o retorno da banda com George Michael nos vocais. Michael mostrou ser a pessoa certa – caso isso existisse – quando interpretou a canção “Somebody To Love” na homenagem realizada a Freddie Mercury no estádio de Wembley, em 1993.

Casa cheia — Não é surpresa se os ingressos já estiverem esgotados. Na última passagem pelo País, em 2006, o Creedence Clearwater Revisited (referência a Creedence Clearwater Revival) encheu seus shows. A banda excursiona há anos sem seu líder, vocalista e mentor John Fogerty. “Toda banda troca o vocalista”, explicou o baixista Stu Cook à época. “Fogerty é apenas o cantor. E quem toca melhor? Achamos que somos nós”, falou, nervoso. Nos áureos tempos, Fogerty, que compunha a maioria das músicas, escreveu “Who’ll Stop the Rain”, uma crítica aos demais integrantes que começavam a se meter demais nas composições.
E imagine o The Doors sem Jim Morrison? Pois no Brasil, a presença do grupo – que na sua última passagem teve de utilizar por lei o nome Riders On The Storm – é eira e vezeira. Pobre rock ‘n’roll.

http://www.bemparana.com.br/index.php?n=86346&t=viagem-direto-para-o-passado-do-rock

Alexandre Portela

Fã do Queen desde 1991. Amante, fascinado pela banda e seus integrantes. Principalmente Freddie! =)

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There are 4 comments

  1. Concordo q ta caro d+,agora falar q the cosmos rock dói no ouvido é muita falta de cultura e bom senso,sera q ele realmente ouviu esse album,ou é uma viuvia de Freddie Mercury q sem duvida foi o maior vocalista de todos os tempos?Mais tem q botar q não da mais pra chorar o leite derramado.

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